O analfabetismo funcional atinge 29% dos brasileiros adultos, com maiores índices entre negros (35%), idosos (48%) e moradores do Nordeste (35%). Programas como EJA e Brasil Alfabetizado buscam reduzir esses números, mas enfrentam desafios como falta de verba e evasão escolar. Soluções exigem investimentos em educação básica, metodologias inovadoras e integração entre governo, escolas e sociedade.
O analfabetismo funcional ainda é uma realidade para 29% dos brasileiros entre 15 e 64 anos, segundo o Inaf. Mas o que isso significa para o futuro do país? Vamos explorar os dados e os desafios por trás desses números.
Índice
ToggleAnalfabetismo funcional no Brasil: os números alarmantes
O analfabetismo funcional atinge 29% da população brasileira entre 15 e 64 anos, segundo o Inaf. Isso significa que quase 1 em cada 3 adultos não consegue interpretar textos simples ou fazer operações matemáticas do dia a dia.
O que é analfabetismo funcional?
É quando a pessoa até sabe ler e escrever frases curtas, mas não entende textos mais longos ou não consegue usar a leitura para resolver problemas. Muitos conseguem assinar o nome, mas não interpretam um bilhete ou uma notícia.
Comparação com outros países
Enquanto no Brasil 29% são analfabetos funcionais, no Chile esse número cai para 12% e na Argentina para 18%. Países desenvolvidos como Finlândia e Coreia do Sul têm taxas abaixo de 5%.
A situação piora entre pessoas com mais de 50 anos – nessa faixa, 40% são analfabetos funcionais. Entre os jovens de 15 a 24 anos, o índice cai para 17%, mas ainda é alto.
Impacto na vida das pessoas
Quem sofre com o analfabetismo funcional tem dificuldade para:
- Entender instruções no trabalho
- Ler contratos ou documentos
- Usar serviços bancários
- Acompanhar notícias importantes
Isso limita oportunidades de emprego e participação na sociedade. Muitos acabam dependendo de outras pessoas para tarefas simples.

Desigualdades raciais e etárias no acesso à educação
O analfabetismo funcional não atinge todos os brasileiros da mesma forma. Existem grandes diferenças entre grupos raciais e faixas etárias, mostrando desigualdades profundas no acesso à educação.
Diferenças entre raças
Entre pessoas negras, 35% são analfabetas funcionais. Já entre brancos, o número cai para 22%. Isso mostra como o racismo estrutural ainda afeta o acesso à educação de qualidade no país.
Desigualdade por idade
Os idosos são os mais afetados:
- 60+ anos: 48% analfabetos funcionais
- 50-59 anos: 40%
- 15-24 anos: 17%
Apesar da melhora entre jovens, os números ainda são altos.
Diferenças regionais
No Nordeste, 35% da população sofre com analfabetismo funcional. No Sudeste, o índice cai para 25%. As regiões mais pobres têm menos investimento em educação.
Nas áreas rurais, o problema é ainda maior – 40% dos moradores têm dificuldade com leitura e matemática básica. Nas cidades, esse número cai pela metade.
Impacto no mercado de trabalho
Quem sofre com analfabetismo funcional:
- Recebe salários 30% menores
- Tem menos chances de promoção
- Fica mais tempo desempregado
Isso cria um ciclo difícil de quebrar, passando de pais para filhos.
Políticas públicas e o futuro da alfabetização no país
O Brasil precisa de políticas públicas eficientes para reduzir o analfabetismo funcional. Programas como o Brasil Alfabetizado e o EJA (Educação de Jovens e Adultos) tentam resolver o problema, mas enfrentam desafios.
O que está sendo feito hoje
Algumas iniciativas em andamento:
- Ampliação de vagas na EJA
- Formação continuada de professores
- Uso de tecnologia em sala de aula
- Parcerias com empresas para capacitação
Desafios das políticas atuais
Muitos programas esbarram em problemas:
- Falta de verba suficiente
- Dificuldade em manter alunos nas aulas
- Falta de materiais didáticos adequados
- Professores sem preparo específico
O que pode ser melhorado
Especialistas sugerem:
- Mais investimento em educação básica
- Programas voltados para o mercado de trabalho
- Uso de metodologias inovadoras
- Envolvimento das famílias no processo
O futuro da alfabetização no país depende de ações consistentes e de longo prazo. É preciso unir esforços do governo, escolas, empresas e sociedade para mudar essa realidade.
Conclusão
O analfabetismo funcional no Brasil ainda é um desafio enorme, mas que pode ser superado. Os números mostram que precisamos agir rápido, especialmente para ajudar quem mais sofre – idosos, moradores de áreas pobres e a população negra. Programas de educação para adultos e melhorias nas escolas são passos importantes.
Mas não basta só o governo agir. Todos podemos ajudar – empresas com treinamentos, professores com métodos inovadores, e cada um de nós incentivando quem precisa aprender. Quando mais gente souber ler e entender bem, todo o país ganha. Pessoas com mais estudo conseguem empregos melhores, cuidam melhor da saúde e ajudam a comunidade.
O caminho é longo, mas já sabemos o que funciona. Com esforço conjunto e políticas que continuem por anos, podemos transformar essa realidade. A educação de qualidade é a base para um Brasil mais justo e desenvolvido para todos.
Fonte: G1 Globo



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