Débora Machado, professora universitária de 48 anos, está realizando o sonho de cursar medicina após se inspirar na filha médica, superando desafios como adaptação aos estudos após 30 anos e concorrência com vestibulandos mais jovens, provando que nunca é tarde para recomeçar.
Aos 48 anos, Débora Machado está prestes a realizar um sonho adiado por décadas: cursar medicina. Professora universitária e pesquisadora, ela agora encara o desafio do vestibular, inspirada pela filha, que já trilhou o mesmo caminho. Será que idade é limite para conquistar o que sempre quis?
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ToggleDébora Machado: da carreira acadêmica ao sonho da medicina
Débora Machado já tinha uma carreira consolidada como professora universitária e pesquisadora quando decidiu encar um novo desafio: realizar o sonho de cursar medicina. Com 48 anos, ela mostra que nunca é tarde para recomeçar e perseguir suas paixões.
Transição de carreira
Depois de mais de 20 anos na área acadêmica, Débora sentiu que era hora de mudar. Ela conta que sempre teve vontade de ser médica, mas que as circunstâncias da vida a levaram para outros caminhos. Agora, com mais maturidade e experiência, ela vê a medicina como uma forma de unir conhecimento científico e cuidado humano.
Preparação para o vestibular
Voltar a estudar depois de tanto tempo não foi fácil. Débora precisou se adaptar a novas metodologias de ensino e recuperar conteúdos básicos. Ela dedica cerca de 6 horas por dia aos estudos, dividindo seu tempo entre livros, videoaulas e simulados. A rotina puxada é compensada pela motivação de realizar seu sonho.
Apesar dos desafios, Débora encontrou na experiência acadêmica uma grande aliada. Sua habilidade em pesquisar e organizar informações tem sido fundamental para absorver o vasto conteúdo exigido nos vestibulares de medicina.
A inspiração da filha e o apoio familiar
A decisão de Débora de cursar medicina veio de um lugar especial: a inspiração da filha, que já é médica formada. Ver a dedicação da jovem profissional despertou nela a vontade adormecida de seguir o mesmo caminho.
Exemplo que vem de casa
A filha de Débora se formou há três anos e hoje trabalha em um hospital público. As histórias do dia a dia da profissão e a paixão pela medicina contagiou a mãe. ‘Ela me mostrou que é possível conciliar ciência e cuidado com as pessoas’, conta Débora.
Apoio familiar fundamental
O marido e os filhos se tornaram a maior torcida de Débora. Eles ajudam nos afazeres domésticos para que ela tenha mais tempo para estudar. Até a neta de 5 anos já sabe que ‘vovó vai ser doutora’, brinca a futura médica.
Nos momentos de dúvida, é a família que dá o empurrão necessário. ‘Quando penso em desistir, lembro do orgulho nos olhos deles e sigo em frente’, emociona-se Débora. O apoio emocional tem sido tão importante quanto o material nos livros.
Os desafios de voltar aos estudos após 30 anos
Voltar a estudar depois de 30 anos não está sendo fácil para Débora. O maior desafio foi se adaptar aos novos métodos de ensino, muito diferentes da época em que ela era estudante. ‘Antes era só caderno e livros, hoje tem videoaula, aplicativos e simulados online’, conta.
Dificuldades com a tecnologia
Aprender a usar plataformas digitais foi um obstáculo no começo. Débora precisou da ajuda da filha para dominar os recursos tecnológicos essenciais para os estudos. ‘Foi como aprender um novo idioma’, brinca sobre a experiência.
Concorrência com jovens estudantes
Outro desafio é competir com candidatos que acabaram de sair do ensino médio. ‘Eles têm a memória fresca de conteúdos que eu precisei revisar do zero’, explica. Mas sua experiência de vida se tornou uma vantagem na redação e nas questões interpretativas.
Apesar das dificuldades, Débora descobriu que a maturidade trouxe mais foco e disciplina. ‘Aos 20 anos eu não teria a mesma determinação que tenho hoje’, reflete. Cada obstáculo superado a deixa mais perto de realizar seu sonho.
Conclusão
A história de Débora Machado prova que nunca é tarde para correr atrás dos sonhos. Aos 48 anos, ela mostra que com determinação e apoio familiar, é possível reinventar a carreira e encarar novos desafios. Seu exemplo inspira quem acha que o tempo passou para mudar de vida.
Os obstáculos que enfrentou – desde a adaptação aos estudos até a concorrência com jovens – só aumentaram sua vontade de vencer. Sua jornada ensina que experiência de vida pode ser uma grande aliada nos processos seletivos. A medicina ganhará não só uma nova profissional, mas alguém com maturidade e histórias para contar.
Que seu caso sirva de motivação para quem pensa em recomeçar. Como Débora demonstra, o importante não é quando você começa, mas sim a paixão que coloca no caminho escolhido. Seu sonho de jaleco branco está mais perto do que nunca de se realizar.
Fonte: G1.globo.com