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ToggleA USP caiu para a 116ª posição no ranking QS 2026 devido a cortes orçamentários, baixa internacionalização e falta de investimento em pesquisa, enquanto universidades asiáticas avançam com parcerias globais e tecnologia.
A USP, a mais prestigiada universidade do Brasil, caiu 16 posições no QS World University Rankings 2026, ficando fora do top 100 pela primeira vez em três anos. O que isso revela sobre o ensino superior no país?
Queda da USP e desempenho das universidades brasileiras
A USP, que já esteve entre as 100 melhores universidades do mundo, caiu para a posição 116 no ranking QS 2026. Essa queda reflete desafios comuns às instituições brasileiras, como falta de investimento e dificuldades em internacionalização.
O que explica a queda da USP?
Especialistas apontam três fatores principais: redução de verbas para pesquisa, baixo índice de professores estrangeiros e pouca colaboração internacional. A USP tem apenas 8% de docentes de outros países, enquanto as top 50 têm em média 30%.
Desempenho das outras universidades brasileiras
Além da USP, apenas a Unicamp (235ª) e a UFRJ (369ª) aparecem entre as 400 melhores. O Brasil tem só 7 instituições no top 500, atrás de países como China (25) e Coreia do Sul (12).
Os critérios que mais prejudicaram as universidades brasileiras foram reputação acadêmica (40% da nota) e citações por pesquisa (20%). Enquanto isso, instituições asiáticas avançaram com pesados investimentos em tecnologia e parcerias globais.
Desafios e oportunidades para o ensino superior no Brasil
O ensino superior brasileiro enfrenta desafios históricos, mas também tem oportunidades únicas para melhorar sua posição global. Cortes orçamentários e falta de políticas consistentes são alguns dos principais obstáculos.
Principais desafios das universidades
As instituições sofrem com falta de verba para pesquisa, infraestrutura defasada e baixa internacionalização. Menos de 1% dos alunos nas federais são estrangeiros, número muito abaixo da média global.
Oportunidades de melhoria
Programas de intercâmbio, parcerias com empresas e foco em áreas estratégicas podem alavancar o ranking. A USP, por exemplo, criou 50 novas vagas para professores estrangeiros em 2025.
O setor privado também pode ajudar, com investimentos em pesquisa aplicada. Algumas faculdades já têm parcerias fortes com indústrias de tecnologia e saúde.
Casos de sucesso
A Unicamp subiu 15 posições no ranking ao focar em engenharia e medicina. Seu programa de startups já gerou 120 empresas de base tecnológica.
Conclusão
A queda da USP no ranking internacional mostra que o Brasil precisa repensar seu modelo de ensino superior. Embora os desafios sejam grandes, como falta de investimento e pouca internacionalização, existem caminhos para melhorar.
O exemplo da Unicamp prova que é possível avançar com foco em áreas estratégicas e parcerias com o setor produtivo. Universidades precisam atrair mais alunos e professores estrangeiros, além de modernizar suas estruturas.
O momento é de unir esforços entre governo, instituições e empresas. Só assim o país poderá ter universidades entre as melhores do mundo, formando profissionais preparados para os desafios globais.
Fonte: G1.globo.com