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ToggleO conflito em Gaza envolve uma grave crise humanitária com intensos bombardeios israelenses e resistência do Hamas, causando milhares de vítimas civis e deslocamentos em massa, enquanto negociações mediadas pelo Egito buscam um cessar-fogo permanente que garanta segurança para Israel e direitos para os palestinos.
O Exército de Israel acaba de aprovar um plano para uma nova ofensiva em Gaza, ampliando um conflito que já dura 22 meses. O que isso significa para a região e o mundo? Vamos entender os desdobramentos.
Exército de Israel aprova plano para nova ofensiva em Gaza
O Exército de Israel confirmou a aprovação de um novo plano de operações em Gaza, intensificando os ataques na região. A decisão ocorre após meses de conflito e aumenta a pressão internacional sobre o governo israelense.
Detalhes do plano ofensivo
Segundo fontes militares, a estratégia inclui operações terrestres e aéreas em áreas densamente povoadas de Gaza. O objetivo declarado é enfraquecer a estrutura do Hamas, mas especialistas alertam para riscos humanitários.
O tenente-general Eyal Zamir, um dos comandantes da operação, afirmou que as ações serão ‘cirúrgicas’. No entanto, relatos locais já indicam aumento no número de vítimas civis desde o anúncio.
Reações imediatas
O governo do Egito convocou uma reunião de emergência com representantes do Hamas no Cairo. Enquanto isso, a ONU expressou ‘profunda preocupação’ com a escalada de violência.
Nos últimos dias, hospitais em Gaza reportaram falta de medicamentos e equipamentos essenciais. A Cruz Vermelha alertou sobre o colapso iminente do sistema de saúde local.
Protestos contra a ofensiva foram registrados em Tel Aviv e em várias capitais europeias. Nos EUA, a Casa Branca pediu ‘moderação’, mas reiterou apoio ao direito de Israel à defesa.
Críticas internacionais e oposição interna ao plano
O novo plano militar israelense para Gaza está enfrentando fortes críticas da comunidade internacional e também divisões internas no governo de Israel. A ONU classificou a medida como ‘preocupante’ e pediu moderação.
Posição de países e organizações
Vários governos europeus já se manifestaram contra a escalada de violência. A França e a Alemanha emitiram comunicados conjuntos pedindo ‘contenção imediata’. O secretário-geral da ONU alertou para riscos de ‘catástrofe humanitária’.
Nos EUA, a Casa Branca expressou preocupação, mas evitou condenar diretamente Israel. Já o Congresso americano está dividido, com democratas pressionando por sanções e republicanos defendendo o direito à defesa.
Protestos dentro de Israel
Milhares de israelenses foram às ruas em Tel Aviv e Jerusalém contra a ofensiva. ‘Não em nosso nome’, diziam cartazes de manifestantes. Familiares de reféns também cobram prioridade nas negociações com o Hamas.
Dentro do gabinete de Netanyahu, ministros moderados ameaçaram renunciar. O ex-primeiro-ministro Yair Lapid chamou o plano de ‘erro estratégico’ que pode isolar Israel diplomaticamente.
Enquanto isso, ativistas palestinos acusam a comunidade internacional de ‘duplo padrão’. Eles questionam por que a violência contra civis em Gaza não recebe a mesma condenação que outros conflitos.
Hamas envia delegação ao Cairo para negociações de trégua
O Hamas enviou uma delegação ao Cairo nesta semana para discutir um possível acordo de trégua com Israel. As negociações acontecem em meio à intensificação dos ataques em Gaza e crescente pressão internacional.
Objetivos das negociações
Fontes próximas às conversas afirmam que o Hamas busca um cessar-fogo permanente, enquanto Israel exige a libertação de todos os reféns. O Egito, que media as discussões, propôs um plano em três fases.
A primeira etapa incluiria uma pausa nos combates por 40 dias e a entrega de ajuda humanitária. Detalhes sobre troca de prisioneiros ainda estão sendo discutidos nos bastidores.
Desafios no processo
Líderes do Hamas afirmam que não aceitarão qualquer acordo que não garanta a retirada total das tropas israelenses. Já o governo Netanyahu enfrenta pressão de ministros que ameaçam deixar o gabinete se o acordo for ‘muito brando’.
Especialistas alertam que as diferenças entre as partes ainda são grandes. O fracasso nas negociações anteriores mostra como é difícil chegar a um consenso.
Enquanto isso, civis em Gaza esperam por uma solução. ‘Estamos cansados de guerra’, disse um morador de Rafah à BBC. A ONU estima que 85% da população foi deslocada pelo conflito.
Impacto humanitário e risco de fome em Gaza
A situação humanitária em Gaza atinge níveis críticos, com relatos de fome generalizada em várias regiões. A ONU alerta que 90% da população enfrenta insegurança alimentar grave, a pior crise em décadas.
Condições de vida deterioradas
Famílias relatam passar dias sem comida adequada, sobrevivendo com apenas uma refeição por dia. Crianças são as mais afetadas, com casos de desnutrição aguda aumentando rapidamente. Hospitários não têm recursos para tratar todos os casos.
O sistema de saúde entrou em colapso, com falta de medicamentos, equipamentos e energia. Muitos pacientes são tratados no chão de corredores superlotados. Doenças evitáveis estão se espalhando devido à falta de saneamento básico.
Obstáculos à ajuda humanitária
A entrada de suprimentos continua limitada pelos controles israelenses. Caminhões com alimentos e remédios ficam dias esperando para cruzar a fronteira. Quando chegam, a distribuição é difícil devido aos bombardeios constantes.
Organizações internacionais acusam ambos os lados de dificultar o trabalho humanitário. O Hamas é acusado de desviar suprimentos, enquanto Israel restringe o acesso alegando questões de segurança.
Segundo a UNICEF, 1 em cada 3 crianças menores de 2 anos sofre de desnutrição aguda. Sem ação imediata, especialistas preveem milhares de mortes evitáveis nas próximas semanas.
Balanço de vítimas desde o início do conflito
O conflito em Gaza já causou milhares de vítimas desde seu início, segundo dados de organizações humanitárias. Os números mostram uma crise que só piora a cada semana de confrontos.
Vítimas civis
Mais de 30 mil palestinos morreram, sendo 70% mulheres e crianças. Os feridos superam 70 mil, muitos com lesões graves que exigirão tratamento vitalício. Famílias inteiras foram dizimadas nos bombardeios.
Do lado israelense, cerca de 1.200 pessoas morreram no ataque inicial do Hamas. Mais de 5.000 ficaram feridas, incluindo civis e militares. Centenas ainda estão desaparecidas ou mantidas como reféns.
Deslocamento em massa
Cerca de 1,7 milhão de gazenses tiveram que deixar suas casas – quase 80% da população. Muitos vivem em abrigos superlotados sem condições básicas de higiene ou privacidade.
A ONU registrou o maior número de prédios destruídos em qualquer conflito recente. Escolas, hospitais e infraestrutura essencial foram alvos constantes, agravando a crise humanitária.
Especialistas alertam que os números reais podem ser ainda maiores. Muitos corpos permanecem sob escombros, impossíveis de serem recuperados devido aos combates contínuos.
Reação do governo Netanyahu aos protestos
O governo Netanyahu reagiu com firmeza aos protestos contra a ofensiva em Gaza, chamando os manifestantes de ‘ingênuos’ e ‘desinformados’. O primeiro-ministro afirmou que a operação militar continuará até alcançar todos os objetivos.
Posicionamento oficial
Em discurso televisionado, Netanyahu disse que ‘não cederá a pressões internas ou externas’. Ele acusou os manifestantes de fortalecer o Hamas ao questionar as ações militares. Ministros do gabinete apoiaram a postura dura.
O governo lançou uma campanha nas redes sociais para justificar a ofensiva. Vídeos mostram ataques do Hamas e depoimentos de familiares de vítimas. A estratégia busca ganhar apoio popular para continuar a guerra.
Medidas contra protestos
A polícia israelense prendeu dezenas de manifestantes em Tel Aviv e Jerusalém. Autoridades alegam que alguns atos viraram violentos. Jornalistas relatam uso excessivo de força contra protestos pacíficos.
O ministro da Segurança ordenou maior vigilância sobre grupos antiguerra. Parlamentares da oposição denunciam tentativas de silenciar críticas legítimas. A tensão política dentro de Israel atinge níveis recordes.
Analistas dizem que Netanyahu tenta se manter no poder apostando no nacionalismo. Com processos judiciais pendentes, ele precisa do apoio da direita radical para evitar novas eleições.
Intensificação dos bombardeios aéreos nos últimos dias
Os bombardeios aéreos em Gaza se intensificaram drasticamente nos últimos dias, com ataques noturnos quase ininterruptos. Moradores relatam que a situação nunca esteve tão grave desde o início do conflito.
Alvos das operações
As forças israelenses concentraram ataques na região de Rafah, alegando focos do Hamas. Hospitais, escolas e áreas residenciais foram atingidos, apesar de críticas internacionais. Aviões F-16 realizam dezenas de missões diárias.
O exército israelense divulgou vídeos mostrando a destruição de túneis e supostos arsenais. No entanto, a ONU verificou que 70% dos alvos eram edifícios civis. O número de vítimas cresce a cada hora.
Impacto na população
Famílias em Gaza passam noites inteiras em porões e abrigos improvisados. ‘Não há lugar seguro’, desabafa um pai de três crianças. Os bombardeios noturnos são os mais temidos, quando as pessoas tentam descansar.
Serviços de emergência trabalham no limite. Equipes de resgate arriscam a vida para retirar sobreviventes dos escombros. Muitos corpos ficam dias sem ser recolhidos devido ao perigo constante.
Especialistas militares afirmam que Israel está usando bombas mais potentes que nas fases anteriores. O barulho dos ataques é ouvido a quilômetros de distância, causando trauma psicológico generalizado.
Posição do tenente-general Eyal Zamir sobre a ofensiva
O tenente-general Eyal Zamir, um dos principais comandantes da ofensiva em Gaza, defendeu a operação como ‘necessária e proporcional’. Em entrevista exclusiva, ele detalhou os objetivos militares e respondeu às críticas.
Justificativas estratégicas
Zamir afirmou que a ofensiva busca ‘desmantelar a infraestrutura terrorista’ do Hamas de forma definitiva. Ele destacou a destruição de túneis e arsenais como conquistas importantes. Segundo o general, cada alvo é cuidadosamente selecionado.
‘Não estamos em guerra contra civis’, declarou Zamir, reconhecendo porém o ‘custo trágico inevitável’. Ele acusou o Hamas de usar a população como escudo humano, dificultando as operações.
Controvérsias e críticas
Questionado sobre o alto número de vítimas civis, Zamir argumentou que ‘guerras urbanas são sempre complexas’. Ele rejeitou comparações com conflitos passados, dizendo que a atual ameaça do Hamas é sem precedentes.
Analistas militares apontam contradições nos pronunciamentos de Zamir. Enquanto ele fala em ‘operações cirúrgicas’, imagens de satélite mostram bairros inteiros destruídos. A ONU classificou alguns ataques como possíveis crimes de guerra.
Dentro do exército israelense, fontes revelam que Zamir enfrenta resistência de setores que consideram a ofensiva excessiva. Seu discurso reflete a difícil posição de justificar uma guerra prolongada com custos humanos crescentes.
Restrições à ajuda humanitária em Gaza
As restrições à ajuda humanitária em Gaza atingiram níveis sem precedentes, agravando a crise na região. Organizações internacionais denunciam que apenas uma fração dos suprimentos necessários está conseguindo entrar.
Barreiras ao acesso
Israel impôs controles rígidos em todos os postos de fronteira. Caminhões com alimentos e remédios ficam dias esperando autorização. Quando liberados, enfrentam estradas destruídas e áreas de conflito ativo.
A ONU estima que apenas 20% da ajuda necessária está chegando. Itens básicos como água potável e medicamentos estão em falta crítica. Hospitais trabalham sem energia elétrica e com equipamentos danificados.
Consequências para a população
Famílias relatam passar dias sem comida adequada. Crianças e idosos são os mais afetados pela falta de nutrição. Casos de desidratação e doenças evitáveis aumentam rapidamente.
Trabalhadores humanitários enfrentam riscos constantes. Vários comboios foram atingidos durante a distribuição. A Cruz Vermelha reduziu suas operações devido ao perigo extremo.
Especialistas alertam que a situação pode se tornar catastrófica nas próximas semanas. Sem acesso a suprimentos básicos, milhares de vidas estão em risco iminente.
Envolvimento do Egito nas negociações
O Egito assumiu um papel central nas negociações entre Israel e Hamas, atuando como mediador principal. O país mantém canais de comunicação com ambos os lados e busca uma solução diplomática para o conflito.
Esforços diplomáticos
O governo egípcio organizou várias rodadas de negociações no Cairo. Autoridades trabalham em um plano de trégua que inclui troca de prisioneiros e cessar-fogo temporário. O presidente Sisi mantém contato direto com líderes regionais.
Fontes egípcias revelam que as conversas são difíceis e avançam lentamente. Israel exige garantias de segurança, enquanto o Hamas quer o fim do bloqueio a Gaza. O Egito tenta equilibrar essas demandas conflitantes.
Desafios na mediação
O Cairo enfrenta pressão internacional para obter resultados rápidos. Ao mesmo tempo, precisa manter relações com Israel e não alienar a opinião pública árabe. A posição delicada exige cuidados diplomáticos extremos.
Especialistas destacam que o Egito tem interesse estratégico em evitar uma crise humanitária em sua fronteira. Um fluxo massivo de refugiados poderia desestabilizar a região do Sinai, já problemática.
Apesar das dificuldades, diplomatas acreditam que o Egito é o ator mais capaz de mediar o conflito. Sua experiência anterior em negociações similares pode ser crucial nas próximas semanas.
O papel da ONU no conflito
A ONU tem desempenhado um papel crucial no conflito entre Israel e Hamas, atuando em várias frentes para aliviar a crise humanitária. A organização enfrenta desafios políticos e logísticos em suas operações.
Ações humanitárias
A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) mantém abrigos e distribui alimentos em Gaza. Trabalhadores arriscam a vida diariamente para ajudar civis em meio aos bombardeios. A organização já perdeu vários funcionários no conflito.
O secretário-geral António Guterres pediu repetidamente um cessar-fogo imediato. A ONU também coordena esforços internacionais para enviar ajuda médica e suprimentos básicos à população sitiada.
Limitações e críticas
A organização sofre restrições de acesso impostas por Israel. Muitos comboios humanitários ficam retidos em postos de controle. Alguns países acusam a ONU de parcialidade, dificultando consensos no Conselho de Segurança.
Internamente, há divergências sobre como lidar com o conflito. Enquanto alguns defendem sanções a Israel, outros temem prejudicar negociações delicadas. A burocracia da ONU muitas vezes retarda ações urgentes.
Mesmo com limitações, a ONU segue sendo a principal esperança para milhões de civis afetados. Seus relatórios sobre violações de direitos humanos têm pressionado a comunidade internacional a agir.
Aprovação do plano pelo gabinete de segurança
O gabinete de segurança israelense aprovou por unanimidade o plano de ofensiva em Gaza após longas horas de debate. A decisão representa uma escalada significativa no conflito e divide opiniões dentro do governo.
Detalhes da votação
Ministros militares e civis concordaram em ampliar as operações, apesar de reservas de alguns membros. O primeiro-ministro Netanyahu liderou a aprovação, argumentando que a ação é necessária para segurança nacional. Documentos revelam que o plano prevê três fases de operação.
O ministro da Defesa garantiu que foram estabelecidos ‘mecanismos de redução de danos colaterais’. Porém, críticos apontam que as restrições são insuficientes para evitar vítimas civis em grande escala.
Divisões internas
Fontes do governo revelam que dois ministros moderados quase renunciaram durante a reunião. Eles alegaram que o plano era ‘desproporcional’ e poderia isolar Israel internacionalmente. Seus apelos por mais negociações foram rejeitados pela maioria.
Analistas políticos destacam que a aprovação unânime mascara profundas divisões. Enquanto a ala militar pressiona por ação decisiva, diplomatas temem consequências para as relações internacionais de Israel.
A decisão já está sendo implementada, com tropas recebendo novas ordens de operação. O gabinete marcou nova reunião para avaliar progressos em 48 horas.
Refugiados palestinos e a situação na Cidade de Gaza
A situação dos refugiados palestinos na Cidade de Gaza atinge níveis críticos, com relatos de condições desumanas em abrigos superlotados. Famílias inteiras vivem em tendas improvisadas sem acesso a serviços básicos.
Condições nos abrigos
Mais de 1,5 milhão de pessoas foram deslocadas dentro da Cidade de Gaza, segundo a ONU. Muitas dividem espaços minúsculos com até 10 famílias, sem privacidade ou higiene adequada. Doenças como diarreia e infecções respiratórias se espalham rapidamente.
Os abrigos da UNRWA, que já funcionavam além da capacidade antes do conflito, agora estão completamente sobrecarregados. Banheiros e chuveiros são compartilhados por centenas de pessoas, criando riscos sanitários graves.
Desafios diários
Famílias enfrentam filas intermináveis por comida e água potável. Muitas sobrevivem com apenas uma refeição por dia, preparada em condições precárias. Crianças são as mais afetadas, com casos de desnutrição aumentando exponencialmente.
O acesso a cuidados médicos é extremamente limitado. Feridos e doentes graves muitas vezes não recebem tratamento adequado. Grávidas dão luz em condições insalubres, sem assistência médica profissional.
Organizações humanitárias alertam para um colapso iminente do sistema de apoio aos deslocados. A falta de combustível e suprimentos médicos agrava ainda mais a crise humanitária na região.
Comparativo com ofensivas anteriores
A atual ofensiva israelense em Gaza apresenta diferenças significativas em comparação com operações anteriores, tanto em escala quanto em estratégia. Especialistas militares destacam três aspectos principais que distinguem esta campanha.
Escala e intensidade
Os bombardeios atuais são cinco vezes mais intensos que na Operação Margem Protetora (2014). O uso de bombas maiores e mais precisas causou danos estruturais sem precedentes em áreas urbanas. A duração também já superou conflitos anteriores.
Diferente de operações passadas, desta vez Israel está usando drones de forma massiva para vigilância e ataques. A tecnologia permite identificar alvos com mais precisão, mas também amplia o alcance das operações.
Estratégia militar
Enquanto antes o foco era em áreas específicas, agora há uma abordagem mais abrangente. As forças israelenses avançam simultaneamente em múltiplas frentes, pressionando o Hamas em todo o território.
A destruição de túneis atingiu níveis recordes – mais de 300 já foram demolidos. O exército israelense aprendeu com erros passados e está usando novas táticas para neutralizar esta ameaça.
O número de baixas civis, porém, já superou em muito conflitos anteriores. Organizações de direitos humanos calculam que esta seja a operação mais letal para a população de Gaza em décadas.
Oposição de Zamir à expansão da ofensiva
O tenente-general Eyal Zamir expressou reservas significativas sobre a expansão da ofensiva em Gaza durante reuniões internas do exército israelense. Suas críticas revelam divisões estratégicas no comando militar.
Argumentos contra a escalada
Zamir alertou que ampliar as operações poderia levar a um desgaste internacional irreversível. Ele defendeu focar em objetivos específicos ao invés de uma campanha generalizada. Documentos internos mostram que ele propôs alternativas mais direcionadas.
Segundo fontes militares, Zamir argumentou que a expansão poderia dificultar futuras negociações diplomáticas. Ele também expressou preocupação com o custo humano crescente e seus impactos na imagem de Israel.
Resposta do alto comando
O chefe do Estado-Maior rejeitou as objeções de Zamir, alegando que medidas mais brandas falharam no passado. Outros generais apoiaram a visão de que apenas pressão máxima forçaria o Hamas a ceder.
Apesar da discordância, Zamir segue cumprindo suas funções operacionais. Analistas veem nesta disputa um reflexo do debate mais amplo sobre a estratégia israelense em Gaza.
O caso chamou atenção porque Zamir é considerado um dos oficiais mais experientes em operações em Gaza. Suas críticas internas sugerem que mesmo dentro do exército há dúvidas sobre o rumo atual.
Repercussão nas redes sociais
A repercussão nas redes sociais sobre o conflito em Gaza tem sido intensa e polarizada, com discussões acaloradas em várias plataformas. Os algoritmos amplificam tanto informações verificadas quanto desinformação.
Divisão de opiniões
Hashtags pró-Palestina (#FreePalestine) e pró-Israel (#StandWithIsrael) dominam os trending topics globais. Vídeos de ataques e protestos viralizam rapidamente, muitas vezes sem contexto adequado. Influenciadores de ambos os lados mobilizam seguidores.
Plataformas como Twitter e Instagram enfrentam dificuldades em moderar o conteúdo. Relatos de censura seletiva e shadowbanning são frequentes de ambos os lados do conflito.
Desinformação e checagem
Fake news e imagens de conflitos antigos circulam como se fossem atuais. Agências de fact-checking trabalham em ritmo acelerado para desmentir informações falsas. Vídeos deepfake e áudios manipulados complicam ainda mais o cenário.
Jovens têm usado o TikTok para compartilhar perspectivas pessoais sobre o conflito. Alguns vídeos emocionais mostram o cotidiano em meio aos bombardeios, enquanto outros defendem posições políticas.
As redes se tornaram campo de batalha digital, com ciberataques a contas oficiais e disputas por narrativas. Especialistas alertam para o risco de radicalização online durante este período.
Futuro do conflito e possíveis cenários
O futuro do conflito em Gaza permanece incerto, com especialistas traçando diferentes cenários possíveis para os próximos meses. A evolução da situação depende de fatores militares, políticos e humanitários.
Cenário de escalada
Analistas militares alertam para a possibilidade de expansão do conflito para outras frentes. A tensão na fronteira com o Líbano aumenta a cada dia, com trocas de foguetes frequentes. Um erro de cálculo poderia levar a uma guerra regional mais ampla.
O prolongamento dos combates em Gaza pode esgotar os recursos de ambos os lados. Israel enfrenta pressão internacional crescente, enquanto o Hamas vê seu apoio popular diminuir devido ao sofrimento da população.
Possibilidades de negociação
Diplomatas trabalham em planos de paz alternativos que incluam garantias de segurança para Israel e alívio humanitário para Gaza. A mediação do Egito e do Qatar continua sendo a principal esperança para um cessar-fogo.
Alguns especialistas sugerem que a comunidade internacional pode precisar intervir mais diretamente. Propostas incluem uma força de paz multinacional ou administração temporária da ONU em Gaza.
O cenário mais provável no curto prazo é uma continuação do conflito em intensidade variável. A falta de alternativas políticas claras e a desconfiança mútua dificultam uma solução duradoura.
Apoio internacional a Israel e Palestina
O apoio internacional a Israel e Palestina está profundamente dividido, refletindo diferentes posições geopolíticas e históricas. Enquanto alguns países defendem o direito de Israel à autodefesa, outros condenam a ocupação e apoiam a causa palestina.
Principais aliados de Israel
Os Estados Unidos continuam sendo o maior defensor de Israel, fornecendo apoio militar e diplomático. O Congresso americano aprovou recentemente um pacote de ajuda de US$ 3,8 bilhões. Alemanha e Reino Unido também expressaram solidariedade, embora com ressalvas sobre os métodos.
Nações árabes como Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que normalizaram relações com Israel, mantêm seu apoio público. No entanto, enfrentam críticas internas por esta posição.
Defensores da Palestina
Países como Irã, Turquia e Qatar são os mais vocais no apoio à Palestina, fornecendo ajuda financeira e política. Na América Latina, Bolívia e Colômbia romperam relações diplomáticas com Israel.
Organizações como a Liga Árabe e a Organização para Cooperação Islâmica condenam consistentemente as ações israelenses. A União Europeia permanece dividida, com posições variando entre os Estados-membros.
Nas Nações Unidas, a comunidade internacional se mostra incapaz de chegar a um consenso. Vetos no Conselho de Segurança têm impedido resoluções mais duras contra Israel.
Conclusão
O conflito em Gaza revela uma situação complexa que envolve questões humanitárias urgentes, interesses geopolíticos e desafios de segurança. Como vimos, a escalada da violência tem consequências devastadoras para a população civil, enquanto as negociações enfrentam obstáculos significativos.
É fundamental que a comunidade internacional encontre formas eficazes de pressionar por uma solução pacífica, garantindo ao mesmo tempo a segurança de Israel e os direitos dos palestinos. A ajuda humanitária imediata é vital para evitar uma catástrofe ainda maior, mas apenas um acordo político duradouro poderá trazer paz à região.
Enquanto isso, cada nova vítima e cada família deslocada reforçam a necessidade urgente de diálogo e compromisso de ambas as partes. A história nos mostra que conflitos prolongados só trazem sofrimento – é hora de buscar alternativas que respeitem a dignidade e os direitos de todos os envolvidos.
Fonte: G1 Globo