A Barqueata da COP30 reuniu 5 mil pessoas e 200 embarcações na Baía do Guajará em Belém, representando um protesto histórico contra a exploração de petróleo na Amazônia. Liderado pelo Cacique Raoni, o movimento indígena alertou sobre falsas soluções climáticas e defendeu a proteção real da floresta durante a conferência do clima.
E aí, galera! Vocês viram aquela cena impressionante em Belém? Mais de 200 embarcações transformaram a Baía do Guajará num verdadeiro protesto flutuante durante a COP30, reunindo cerca de 5 mil pessoas de 60 países diferentes. Uma manifestação que misturou arte, política e muita consciência ambiental – e que promete dar o que falar nos próximos dias da conferência do clima.
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ToggleA mobilização que levou 5 mil pessoas às águas de Belém
Foi um verdadeiro espetáculo de resistência nas águas amazônicas. Mais de 200 barcos, canoas e voadeiras se reuniram na Baía do Guajará formando uma impressionante frota de protesto. A cena parecia saída de um filme, com tantas cores e bandeiras diferentes balançando ao vento.
Os organizadores contaram cerca de 5 mil participantes vindos de 60 países diferentes. Gente de todas as idades e culturas unidas por uma causa comum: a defesa da Amazônia. Muitos vieram de comunidades ribeirinhas e territórios indígenas próximos.
A Barqueata começou cedo na manhã de sábado e durou várias horas. Os barcos saíram de diferentes pontos de Belém e se encontraram no meio da baía. O som dos motores se misturava com cantos e palavras de ordem em defesa da floresta.
As embarcações carregavam faixas com mensagens fortes e diretas. ‘Fora petróleo da Amazônia’ e ‘COP30: chega de mentiras’ eram alguns dos protestos mais visíveis. Muitos participantes pintaram o rosto com tintas de jenipapo, tradição indígena.
O ato foi totalmente pacífico, mas carregado de emoção. Pessoas nas embarcações menores conversavam com as dos barcos maiores, trocando experiências e solidariedade. A polícia acompanhou de longe, garantindo a segurança de todos.
Enquanto a Barqueata acontecia nas águas, centenas de apoiadores acompanhavam da orla. Eles faziam coro aos protestos e tiravam fotos da impressionante mobilização. O cenário natural da baía deu um tom ainda mais especial ao protesto.
Esta foi uma das maiores mobilizações fluviais já vistas na região. Mostrou como a população local está engajada nas discussões sobre o futuro da Amazônia. Uma demonstração de força que não passou despercebida pelos participantes da COP30.
Cacique Raoni e a crítica à exploração de petróleo na Amazônia

A presença do Cacique Raoni Metuktire deu um peso especial à Barqueata. O líder indígena de 92 anos viajou de sua aldeia para participar do protesto. Sua voz, conhecida mundialmente, ecoou forte nas águas da baía.
Raoni fez um discurso emocionante contra a exploração de petróleo na Amazônia. Ele alertou sobre os perigos que essa atividade traz para os rios e florestas. ‘O petróleo vai matar nossos peixes e envenenar nossa água’, afirmou com convicção.
O cacique se referia especialmente aos blocos de petróleo leiloados recentemente perto da foz do Amazonas. Essas áreas ficam bem próximas de territórios indígenas e de reservas ambientais. Muitas comunidades temem contaminação de seus rios e terras.
Raoni lembrou que os povos indígenas dependem dos rios para sobreviver. A pesca é fonte de alimento e renda para milhares de famílias. Qualquer vazamento de petróleo poderia destruir esse modo de vida tradicional.
O líder criticou o que chamou de ‘mentiras do desenvolvimento’. Ele questionou por que querem explorar petróleo se existem outras fontes de energia mais limpas. ‘A floresta vale mais em pé do que destruída’, repetiu várias vezes.
Muitos jovens indígenas acompanhavam Raoni durante todo o protesto. Eles carregavam faixas e cartazes reforçando a mensagem do cacique. A cena mostrou a continuidade da luta entre as gerações.
A participação de Raoni atraiu ainda mais atenção da mídia internacional. Jornalistas de vários países registraram suas palavras e a grandiosidade do protesto. Sua presença deu mais visibilidade à causa indígena na COP30.
Cúpula dos Povos Indígenas e as falsas soluções climáticas
A Cúpula dos Povos Indígenas aconteceu paralelamente à COP30 oficial. Líderes de diversas etnias se reuniram para discutir suas preocupações. Eles alertaram sobre o que chamam de ‘falsas soluções climáticas’.
Os indígenas criticaram propostas como o mercado de carbono e os créditos de floresta. Eles argumentam que essas medidas não resolvem o problema real. ‘São apenas jeitos de poluir sem culpa’, explicou uma liderança Munduruku.
Muitos temem que grandes empresas usem essas soluções para continuar poluindo. A ideia é compensar emissões pagando para preservar áreas distantes. Mas isso não reduz a poluição nas fontes onde ela é gerada.
Os povos tradicionais defendem soluções mais diretas e simples. Eles querem o fim imediato do desmatamento e das queimadas. Também pedem o cancelamento dos leilões de petróleo na região amazônica.
Outra preocupação é com os grandes projetos de mineração. Eles destroem florestas e contaminam rios com mercúrio e outros metais. As comunidades locais sofrem as consequências enquanto outros lucram.
A Cúpula destacou que os indígenas protegem 80% da biodiversidade mundial. Mesmo assim, suas vozes são pouco ouvidas nas negociações oficiais. Eles querem participar das decisões que afetam seus territórios.
Durante os debates, surgiram propostas concretas dos próprios povos da floresta. Entre elas está o fortalecimento da vigilância territorial indígena. Também pediram mais investimento em energias verdadeiramente limpas.
Os participantes da Cúpula prepararam um documento com suas reivindicações. Esse texto será entregue aos governantes que participam da COP30. A esperança é que desta vez sejam realmente ouvidos.
O que a Barqueata nos ensina sobre o futuro da Amazônia
A Barqueata da COP30 mostrou que a voz dos povos da floresta não pode ser ignorada. Mais de 5 mil pessoas nas águas de Belém provaram que a mobilização popular tem força real.
Líderes como o Cacique Raoni lembraram que soluções de verdade precisam ouvir quem vive na Amazônia. Não adianta criar políticas climáticas sem incluir os guardiões da floresta.
A Cúpula dos Povos Indígenas deixou claro: não queremos falsas promessas. Queremos ações concretas contra o desmatamento e a exploração predatória.
O protesto nas águas do Guajará foi só o começo. A luta pela Amazônia continua, e o mundo todo está acompanhando. A pergunta que fica é: os governantes vão finalmente escutar?
Fonte: CBN Globo



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