Gangues criminosas no Peru estão extorquindo escolas particulares, exigindo pagamentos sob ameaça de ataques violentos, o que levou o governo a declarar estado de emergência e mobilizar forças militares para proteger as instituições de ensino.
O crime organizado no Peru está assustando pais, alunos e professores ao transformar escolas privadas em alvos de extorsão. Com ameaças de explosivos e mensagens intimidatórias, gangues cobram valores exorbitantes para “proteger” as instituições. Mas até quando essa situação vai durar?
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ToggleEscolas privadas no Peru viram alvo de extorsão por crime organizado
Escolas privadas no Peru estão enfrentando uma onda de extorsão por parte de gangues criminosas, que exigem pagamentos em troca de “proteção”. Segundo relatos, os valores cobrados chegam a R$ 150 mil, deixando pais, alunos e professores em estado de alerta constante.
Como o crime organizado operam
Os criminosos enviam mensagens ameaçadoras e, em alguns casos, chegam a detonar explosivos próximos às instituições para intimidar. Muitas escolas são obrigadas a fechar as portas temporariamente, prejudicando o ano letivo de milhares de estudantes.

Impacto na comunidade escolar
Além do prejuízo financeiro, o medo tem afetado a rotina de famílias inteiras. Pais precisam escolher entre pagar a extorsão ou arriscar a segurança de seus filhos. Professores também relatam pressão psicológica, com muitos temendo pela própria vida.
Autoridades locais confirmam que pelo menos 30 instituições já foram alvo dessas gangues só na capital, Lima. A situação é ainda pior em regiões com menos policiamento, onde os criminosos agem com mais liberdade.
Medidas de segurança
Algumas escolas contrataram seguranças particulares, enquanto outras aumentaram a vigilância com câmeras e cercas elétricas. No entanto, especialistas alertam que apenas uma ação coordenada do governo pode resolver o problema de forma definitiva.
Militares protegem instituições após ataques com explosivos
O governo peruano mobilizou forças militares para proteger escolas após uma série de ataques com explosivos. Soldados armados agora patrulham as redondezas de colégios particulares, tentando conter a onda de violência que assusta a população.
Operação de segurança nas escolas
Os militares montaram postos de vigilância 24 horas nos locais mais visados. Eles revistam mochilas, verificam veículos suspeitos e fazem rondas constantes. “É triste ver nossa escola virar uma zona de guerra”, desabafa uma professora que pediu anonimato.
Como ocorrem os ataques
As gangues costumam agir à noite, colocando artefatos explosivos caseiros perto dos muros escolares. Algumas bombas já detonaram, causando danos estruturais e pânico. Nenhum ferido grave foi registrado até agora, mas o trauma psicológico é enorme.
Pais relatam que os filhos estão com medo de ir às aulas. “Meu filho acorda gritando à noite”, conta uma mãe. A presença dos militares trouxe algum alívio, mas muitos ainda temem novos ataques.
Desafios da proteção militar
Especialistas alertam que essa solução é temporária. “Não dá pra manter soldados em todas as escolas pra sempre”, diz um analista de segurança. Enquanto isso, professores improvisam treinamentos para caso de novos ataques.
Governo declara estado de emergência para conter onda de violência
O governo peruano decretou estado de emergência em várias regiões para combater a violência contra escolas. A medida permite que as forças armadas atuem com mais liberdade e recursos para proteger as instituições de ensino.
O que muda com o estado de emergência
Com a nova determinação, os militares podem fazer buscas sem mandado em áreas suspeitas e prender pessoas em flagrante. O toque de recolher também foi antecipado em algumas cidades mais afetadas pelos ataques.
Áreas prioritárias de atuação
As equipes de segurança estão focadas em três frentes: proteger as escolas, desmantelar as gangues e rastrear o dinheiro da extorsão. “Não vamos tolerar essa intimidação às nossas crianças”, declarou o ministro da Educação.
Muitos pais apoiam a medida, mas temem que seja tarde demais. “Minha filha já perdeu um mês de aula”, lamenta um pai. Escolas começam a receber kits de primeiros socorros e treinamento contra ataques.
Desafios da operação
Autoridades reconhecem que o estado de emergência é só o primeiro passo. “Precisamos atacar as causas desse problema, não apenas os sintomas”, admite um general. Enquanto isso, professores improvisam aulas online quando a situação piora.
Conclusão
A situação das escolas no Peru mostra como o crime organizado pode afetar até mesmo os lugares que deveriam ser mais seguros. Com militares nas ruas e estado de emergência, fica claro que a violência chegou a um nível alarmante. As famílias vivem com medo, os alunos perdem aulas e os professores trabalham sob pressão.
Embora as medidas do governo ajudem, é preciso ir além. A solução definitiva deve combater não só os ataques, mas também as causas desse problema. Enquanto isso, escolas, pais e alunos tentam se adaptar a essa realidade difícil. O direito à educação não pode ser vítima da violência – e todos precisam trabalhar juntos para proteger esse direito fundamental.
Fonte: G1 Globo