Arqueólogos descobrem assentamento romano e raro forno de cal em Gloucester, revelando técnicas avançadas de construção e hábitos cotidianos do período romano na Britânia. O forno, em excelente estado de conservação, mostra como os romanos produziam cal para argamassa, enquanto artefatos encontrados desvendam aspectos da vida comercial e doméstica da época.
Uma Arqueologia Romana surpreendente veio à tona em Gloucester, onde um assentamento e um forno de cal revelam segredos da vida e da construção na era romana. Quer saber mais? Continue lendo!
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ToggleArtefatos e estruturas revelam práticas romanas
Os artefatos encontrados no sítio arqueológico de Gloucester oferecem um vislumbre fascinante da vida cotidiana na era romana. Objetos como cerâmicas, moedas e ferramentas revelam habilidades artesanais e hábitos de consumo da população local.
Técnicas de construção romanas
As estruturas descobertas mostram técnicas avançadas de engenharia romana, como alicerces robustos e sistemas de drenagem. Os materiais utilizados, incluindo pedra local e tijolos, indicam adaptação aos recursos disponíveis na região.
Entre os achados mais interessantes estão:
- Fragmentos de ânforas para transporte de azeite e vinho
- Ferramentas agrícolas que demonstram atividades rurais
- Vestígios de um sistema de aquecimento por hipocausto
Organização do espaço urbano
O layout do assentamento segue o padrão romano clássico, com ruas organizadas em grade e áreas distintas para residências, comércio e atividades públicas. Essa disposição revela como os romanos planejavam suas cidades para eficiência e controle.
Os arqueólogos encontraram evidências de que o local passou por várias fases de ocupação, mostrando como a comunidade se desenvolveu ao longo dos anos de domínio romano na Britânia.
O forno de cal: uma descoberta única
O forno de cal romano descoberto em Gloucester é uma raridade arqueológica que revela técnicas avançadas de construção. Essa estrutura circular, com cerca de 2 metros de diâmetro, mostra como os romanos produziam cal para argamassa e reboco.
Como funcionava o forno romano
Os arqueólogos explicam que pedras calcárias eram empilhadas no forno e aquecidas a altas temperaturas. O processo transformava as pedras em cal virgem, material essencial para construções duráveis.
Características marcantes deste forno:
- Câmara de combustão bem preservada
- Vestígios de cinzas e carvão
- Sistema de alimentação de ar primitivo
Importância histórica
Este forno prova que os romanos tinham produção local de materiais de construção. A descoberta ajuda a entender como erguiam edifícios que resistiram por séculos. A cal era usada em:
- Argamassas para alvenaria
- Rebocos para paredes
- Impermeabilização de cisternas
O estado de conservação do forno permite estudar detalhes do processo produtivo romano. Isso inclui desde a seleção de matérias-primas até as técnicas de queima.
Conclusão
A descoberta do assentamento romano e do forno de cal em Gloucester nos dá uma janela fascinante para o passado. Esses achados mostram como os romanos viviam e construíam na Britânia, com técnicas que impressionam até hoje. O forno de cal, especialmente, revela conhecimentos avançados de engenharia e química.
Cada fragmento de cerâmica, cada pedaço de estrutura encontrado conta uma parte da história. Eles nos ajudam a entender melhor como era o dia a dia nessa região há quase 2.000 anos. Essas descobertas provam que a herança romana na Inglaterra vai muito além dos grandes monumentos.
Para os arqueólogos e historiadores, cada nova descoberta como essa é como montar um quebra-cabeça gigante. Cada peça encontrada nos ajuda a compreender um pouco mais sobre nossos antepassados e como viviam. E o melhor? Ainda há muito para descobrir!
Fonte: ArchaeologyMag.com