O Earthshot Prize é um prestigiado prêmio ambiental criado pelo Príncipe William que reconhece soluções inovadoras para os maiores desafios ecológicos do planeta. Com cerimônia no Brasil em 2025, ele destaca projetos como as agroflorestas da Amazônia, colocando o país no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
O Earthshot Prize, premiação ambiental criada pelo príncipe William, acaba de escolher o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, como palco da sua edição de 2025. Será a primeira vez que o evento acontece na América Latina, marcando um momento histórico para o Brasil. Será que isso pode impulsionar ainda mais a agenda verde no país?
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ToggleEarthshot Prize: o que é e por que o prêmio é tão importante
Criado em 2020 pelo príncipe William e pela Royal Foundation, o Earthshot Prize é considerado o ‘Nobel do Meio Ambiente’. O prêmio distribui £1 milhão para cada um dos cinco vencedores anuais, com um objetivo claro: encontrar soluções inovadoras para os maiores desafios ambientais do planeta.
O nome ‘Earthshot’ foi inspirado no ‘Moonshot’ da NASA – aquela ambição de levar o homem à Lua. A ideia é que, assim como o projeto espacial, precisamos de metas ousadas para salvar a Terra. São cinco categorias principais: Proteger e Restaurar a Natureza, Limpar o Ar, Revitalizar os Oceanos, Construir um Mundo sem Lixo e Consertar o Clima.
O que torna esse prêmio especial? Ele não só reconhece projetos já consagrados, mas também apoia ideias promissoras em estágios iniciais. Em 2023, um projeto brasileiro de agroflorestas na Amazônia foi finalista, mostrando como a iniciativa valoriza soluções locais.
Com a cerimônia de 2025 no Brasil, o Earthshot ganha ainda mais relevância para a América Latina. É uma chance única de colocar a região no centro das discussões sobre sustentabilidade global, especialmente num ano que também terá a COP30 em Belém.
Museu do Amanhã: o símbolo da sustentabilidade no Rio
O Museu do Amanhã não é só um cartão-postal do Rio, mas um exemplo real de sustentabilidade. Projetado pelo espanhol Santiago Calatrava, o prédio usa energia solar e aproveita a água da Baía de Guanabara para seu sistema de ar-condicionado.
Com seu formato que lembra uma folha ou uma caravela, o museu tem painéis solares que se movem como asas. Eles acompanham o sol o dia todo, gerando até 9% da energia usada no local. O teto ainda capta água da chuva para usar nos banheiros.
Desde que abriu em 2015, o museu já recebeu prêmios internacionais por seu design sustentável. Ele fica no Pier Mauá, área que foi totalmente revitalizada para o projeto. A escolha para sediar o Earthshot Prize em 2025 confirma sua importância como ícone ambiental.
O museu não é só bonito por fora. Dentro, tem exposições interativas sobre como podemos viver de forma mais sustentável. É o lugar perfeito para discutir o futuro do planeta, com o Cristo Redentor de testemunha.
COP30 e Earthshot: o duplo protagonismo do Brasil em 2025
2025 será um ano histórico para o Brasil na agenda ambiental. Além de sediar o Earthshot Prize no Rio, o país receberá a COP30 em Belém, colocando o país no centro das discussões sobre clima e sustentabilidade.
As duas iniciativas se complementam: enquanto o Earthshot premia soluções inovadoras, a COP30 reúne líderes mundiais para negociar políticas climáticas. O Brasil terá a chance única de mostrar ao mundo seus projetos ambientais de sucesso.
Especialistas veem nisso uma oportunidade para o país liderar a transição verde. A Amazônia, que será tema central na COP30, pode se beneficiar diretamente das tecnologias premiadas pelo Earthshot. É como se o Brasil virasse uma vitrine global de sustentabilidade.
O timing não poderia ser melhor. Com a atenção do mundo voltada para essas duas iniciativas, o país pode atrair investimentos verdes e reforçar seu papel na proteção ambiental. Será um teste importante para a capacidade brasileira de transformar discurso em ação.
Belterra Agroflorestas: o projeto brasileiro que já foi finalista
O projeto Belterra Agroflorestas, da Amazônia brasileira, foi um dos finalistas do Earthshot Prize em 2023. Ele mostra como é possível produzir alimentos sem destruir a floresta, unindo conhecimento tradicional e técnicas modernas.
Criado por agricultores familiares no Pará, o sistema mistura cacau, açaí e outras culturas com árvores nativas. Assim, gera renda enquanto protege o solo e a biodiversidade. Em 5 anos, já recuperou mais de 100 hectares de áreas degradadas.
O segredo está no modelo de roça sem fogo, que evita queimadas. Os produtores aprendem a usar a sombra das árvores para plantar, imitando a natureza. O resultado? Colheitas melhores e mais diversificadas ao longo do ano.
A indicação ao Earthshot trouxe visibilidade internacional ao projeto. Agora, com o prêmio vindo ao Brasil em 2025, Belterra pode inspirar outras iniciativas locais. É a prova de que soluções simples podem ter impacto global.
O Brasil no centro da sustentabilidade global
A escolha do Museu do Amanhã para sediar o Earthshot Prize em 2025 não é por acaso. Ela mostra como o Brasil está se tornando referência em soluções ambientais, da Amazônia às grandes cidades.
Com a COP30 em Belém e o Earthshot no Rio, o país terá a chance única de mostrar ao mundo que desenvolvimento e sustentabilidade podem caminhar juntos. Projetos como as agroflorestas de Belterra provam que já temos boas respostas.
Esses eventos são mais que premiações e conferências – são oportunidades reais de atrair investimentos e mudar nossa relação com o planeta. E você, está pronto para fazer parte dessa transformação?
O futuro chegou, e ele passa pelo Brasil. Que 2025 seja o ano em que nossa liderança ambiental vire realidade.
Fonte: Veja Abril