O STF declarou inconstitucional a lei do DF sobre homeschooling, exigindo regulamentação federal, enquanto um projeto no Senado busca estabelecer regras nacionais para a educação domiciliar, incluindo matrícula escolar e avaliações periódicas.
O homeschooling voltou ao centro do debate após o STF manter a inconstitucionalidade da lei que permitia a prática no Distrito Federal. Mas o que isso significa para famílias que adotam esse modelo?
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ToggleSTF reafirma inconstitucionalidade do homeschooling no DF
O STF decidiu, por maioria, que a lei do Distrito Federal que permitia o homeschooling é inconstitucional. A Corte entendeu que apenas uma lei federal pode regulamentar a educação domiciliar no país.
O que isso significa na prática?
Com a decisão, famílias do DF não podem mais usar a lei local para justificar a prática do ensino em casa. O STF reforçou que a educação é um direito da criança e do adolescente, e deve ser garantida pelo Estado.
Posicionamento do STF
Os ministros destacaram que, sem regulamentação federal, o homeschooling pode colocar em risco o direito à educação de qualidade e a socialização dos estudantes. A decisão segue o entendimento de 2018, quando o STF já havia apontado a necessidade de uma lei nacional.
Enquanto isso, um projeto de lei que busca regulamentar a prática avança no Senado. O texto estabelece regras como avaliações periódicas e supervisão do poder público.
Projeto de lei para regulamentar a prática avança no Senado

Enquanto o STF barra o homeschooling no DF, um projeto de lei para regulamentar a prática nacionalmente avança no Senado. O PL 1.388/2022 estabelece regras claras para quem opta pela educação domiciliar.
Principais pontos do projeto
O texto exige que os pais matriculem os filhos em escolas regulares, mesmo que não frequentem. Também prevê avaliações anais obrigatórias e supervisão por conselhos tutelares e órgãos de educação.
Como está a tramitação
O projeto já foi aprovado na Câmara e agora está na Comissão de Educação do Senado. Se aprovado, segue para sanção presidencial. Os defensores argumentam que a lei trará segurança jurídica às famílias.
Críticos, porém, alertam para riscos como a falta de socialização e a dificuldade de fiscalização. O MEC estima que cerca de 31 mil estudantes brasileiros já praticam ensino domiciliar.
Conclusão
O debate sobre o homeschooling no Brasil segue em aberto, com o STF mantendo sua posição contra leis estaduais e o Senado discutindo uma regulamentação nacional. Enquanto isso, famílias que optam pela educação domiciliar ficam num limbo jurídico.
O importante é lembrar que, independentemente do método de ensino, o foco deve ser sempre a qualidade da educação e o bem-estar dos estudantes. Seja na escola tradicional ou em casa, o direito à aprendizagem precisa ser garantido.
O próximo capítulo dessa história depende da aprovação (ou não) do projeto no Senado. Até lá, o assunto continuará gerando discussões entre especialistas, pais e educadores sobre o melhor caminho para a educação no país.
Fonte: G1 Globo