O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) brasileiro é reconhecido mundialmente por alimentar 40 milhões de estudantes com refeições nutritivas, conectar agricultura familiar às escolas e servir como modelo internacional no combate à fome através da educação alimentar.
Você já parou para pensar como a merenda escolar brasileira se transformou em um dos maiores programas de alimentação do mundo? Enquanto crianças fazem fila com pratos na mão, o cheiro de refogado e comida fresca anuncia mais do que uma simples refeição – revela uma política pública que une saúde, educação e desenvolvimento sustentável.
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ToggleO PNAE: 70 anos alimentando gerações de estudantes brasileiros
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) completou 70 anos em 2025, sendo um dos programas sociais mais antigos e bem-sucedidos do Brasil. Desde 1955, ele garante pelo menos uma refeição diária para milhões de estudantes em todo o país.
Como tudo começou
O programa nasceu com o nome de Campanha da Merenda Escolar e atendia apenas algumas regiões. Com o tempo, foi crescendo e se tornando mais organizado. Hoje, ele é lei e faz parte da vida de quase todas as escolas públicas brasileiras.
Os números impressionam
Atualmente, o PNAE atende cerca de 40 milhões de estudantes em mais de 150 mil escolas. São servidas mais de 50 milhões de refeições por dia. Isso mostra como o programa se tornou essencial para a educação no Brasil.
Muitas crianças dependem da merenda escolar como sua principal refeição do dia. Em algumas regiões mais pobres, essa refeição pode ser a única completa que a criança recebe. Por isso, a qualidade da alimentação é tão importante.
A evolução ao longo dos anos
Nos primeiros anos, a merenda era bem simples: geralmente pão com leite ou mingau. Hoje, as refeições são mais balanceadas e nutritivas. Elas incluem arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Tudo seguindo cardápios preparados por nutricionistas.
O programa também mudou seu foco. Antes, era só para matar a fome. Agora, ele também ensina sobre alimentação saudável. As crianças aprendem a importância de comer bem desde cedo.
Da merenda à alimentação escolar: a transformação da qualidade

Da quantidade para a qualidade
Nos anos 50 e 60, a preocupação era apenas garantir que as crianças comessem algo. Não importava muito o valor nutricional. Hoje, cada refeição segue um cardápio planejado por nutricionistas. Eles pensam no crescimento e na saúde dos estudantes.
As escolas não servem mais só pão com leite. Agora têm arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Tudo preparado de forma balanceada. A lei proíbe alimentos ultraprocessados nas cantinas. Isso ajuda a formar hábitos alimentares mais saudáveis.
Controle de qualidade rigoroso
Cada estado e município tem seu próprio controle de qualidade. Eles verificam se os alimentos estão frescos e bem conservados. Também acompanham o preparo das refeições. Tudo para garantir que as crianças comem comida de verdade.
Os cardápios são diferentes em cada região. Eles respeitam os costumes locais e os alimentos disponíveis. No Norte, tem mais peixe e açaí. No Sul, mais carne e produtos da agricultura familiar.
Agricultura familiar: o pilar que sustenta a merenda nas escolas

A agricultura familiar se tornou o grande pilar do programa de merenda escolar brasileiro. Por lei, pelo menos 30% dos alimentos comprados vêm desses pequenos produtores. Isso fortalece a economia local e garante comida fresca nas escolas.
Como funciona essa parceria
Os agricultores familiares vendem diretamente para as prefeituras. Eles não precisam de intermediários. Isso garante um preço melhor para o produtor. E também alimentos mais frescos para as crianças.
Muitas escolas recebem verduras e legumes colhidos no mesmo dia. O sabor e os nutrientes ficam preservados. As crianças comem comida de verdade, direto da roça para o prato.
Benefícios para todos
Os pequenos agricultores ganham um comprador garantido. Eles podem planejar melhor sua produção. Já as escolas recebem alimentos variados e de qualidade. Tudo de acordo com a época de cada região.
As crianças também se beneficiam duplamente. Elas comem melhor e aprendem sobre produção de alimentos. Muitas escolas fazem visitas às propriedades rurais. Lá, as crianças veem de onde vem a comida que comem.
Diversidade de alimentos
A agricultura familiar traz uma grande variedade para as escolas. Cada região oferece produtos típicos. No Nordeste tem frutas tropicais e raízes. No Sul tem pinhão e produtos coloniais.
Isso enriquece o cardápio escolar. As crianças experimentam sabores diferentes. Elas conhecem a riqueza alimentar do próprio país. Tudo isso ajuda a formar paladares mais abertos e saudáveis.
Desafios e desigualdades: quando a comida não chega a todos

Apesar dos avanços, a merenda escolar ainda enfrenta muitos desafios para chegar a todos. Em algumas regiões, a comida não chega com regularidade. Em outras, a qualidade não é a mesma. Essas desigualdades mostram que ainda há muito por fazer.
Problemas de distribuição
Escolas em áreas remotas têm mais dificuldades. As estradas ruins atrasam a entrega dos alimentos. Muitas vezes, os produtos chegam estragados. Isso prejudica o cardápio planejado para as crianças.
Algumas comunidades indígenas e quilombolas ficam isoladas. Elas dependem de barcos ou aviões para receber comida. O custo é maior e a frequência menor. As crianças acabam sem merenda por vários dias.
Falta de estrutura nas escolas
Muitas escolas não têm cozinhas adequadas. Faltam geladeiras, fogões e freezers. As cozinheiras precisam improvisar. Isso afeta a qualidade e a segurança dos alimentos.
Algumas escolas rurais nem têm água encanada. Elas dependem de poços ou caminhões-pipa. Sem água limpa, fica difícil preparar a merenda. A higiene também fica comprometida.
Desigualdades regionais
O valor repassado pelo governo é o mesmo para todo o país. Mas os preços dos alimentos mudam muito. No Norte e Nordeste, a comida é mais cara. O dinheiro não compra a mesma quantidade.
Escolas em áreas pobres sofrem mais. Elas não conseguem complementar o orçamento. Já escolas em cidades ricas têm mais recursos. Elas oferecem merendas mais variadas e nutritivas.
Brasil na liderança mundial: como o país exporta seu modelo
O Brasil se tornou referência mundial em alimentação escolar. Nossa experiência com o PNAE é estudada por muitos países. Organizações internacionais elogiam o modelo brasileiro. Ele combina nutrição, educação e desenvolvimento local.
Reconhecimento internacional
A FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação) destaca nosso programa. Eles mostram o Brasil como exemplo para outras nações. Países da África e América Latina nos visitam. Eles querem aprender como funciona nossa merenda escolar.
O Banco Mundial também financia projetos baseados no PNAE. Eles ajudam outros países a adaptar nosso modelo. A ideia é combater a fome e melhorar a educação. Tudo inspirado no que já fazemos aqui.
Como funciona a exportação do modelo
Especialistas brasileiros viajam para outros países. Eles ensinam como organizar programas de alimentação. Mostram desde a compra de alimentos até o preparo. Também explicam como envolver a agricultura familiar.
Muitas nações adaptam nossas ideias à sua realidade. Elas mantém o espírito do programa, mas ajustam os detalhes. A conexão com produtores locais é sempre valorizada. Isso fortalece as economias regionais.
O que outros países aprendem conosco
Eles veem como unir alimentação e educação. Aprendem a comprar diretamente dos pequenos produtores. Descobrem como planejar cardápios nutritivos. E entendem a importância da merenda para o aprendizado.
Nosso modelo mostra que é possível fazer muita coisa com pouco. A criatividade e a organização fazem a diferença. O Brasil prova que combater a fome nas escolas dá certo. E o mundo está aprendendo conosco.
Conclusão
A merenda escolar brasileira mostra como uma boa ideia pode crescer e ajudar milhões de pessoas. Em 70 anos, ela passou de pão com leite para refeições completas e nutritivas. O programa une educação, saúde e desenvolvimento local de forma inteligente.
Claro que ainda existem desafios para vencer. Nem todas as crianças recebem a mesma qualidade de alimentação. Mas o importante é que temos um modelo que funciona e inspira outros países. A merenda escolar prova que investir nas crianças é investir no futuro do país.
Fonte: G1.globo.com



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