A construção do data center da Meta na Geórgia causou escassez de água ao esgotar poços locais, com moradores como a família Morris enfrentando dificuldades após seus poços secarem, enquanto a empresa promete projetos de conservação para mitigar o problema.
A instalação do data center da Meta na Geórgia trouxe um problema inesperado para os moradores locais: a escassez de água. Muitos poços que abasteciam famílias há décadas secaram após o início das obras, levantando questões sobre o uso sustentável de recursos.
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ToggleComo o data center afetou o abastecimento
O data center consome milhões de litros de água por dia para resfriar seus servidores. Esse volume, somado ao bombeamento intensivo de água subterrânea, reduziu drasticamente o lençol freático da região. Moradores relatam que seus poços secaram em poucos meses.
O caso da família Morris
Jeff e Beverly Morris, que vivem na área há 15 anos, viram seu poço secar completamente. “Nunca tivemos problemas antes”, diz Jeff. Agora, dependem de caminhões-pipa para ter água em casa – um custo adicional que não estava em seus planos.
A situação se repete em várias propriedades vizinhas ao complexo da Meta. Alguns agricultores precisaram reduzir a produção por falta de água para irrigação, afetando sua renda familiar.
A resposta da Meta
A empresa afirma ter realizado estudos hidrológicos antes da construção e se comprometeu a investir em projetos de conservação de água na região. No entanto, muitos moradores questionam se essas medidas serão suficientes para recuperar os poços que já secaram.
Especialistas alertam que este caso pode se repetir em outras comunidades onde grandes empresas de tecnologia instalam data centers, especialmente em regiões com recursos hídricos limitados.
Conclusão
O caso do data center da Meta na Geórgia mostra como grandes projetos tecnológicos podem ter impactos inesperados nas comunidades locais. Enquanto a empresa traz desenvolvimento econômico, os moradores enfrentam problemas reais no seu dia a dia, como a falta de água.
Esse situação levanta questões importantes sobre como equilibrar o progresso tecnológico com a sustentabilidade ambiental e o bem-estar das pessoas. Será preciso encontrar soluções que atendam tanto às necessidades das empresas quanto das comunidades onde elas se instalam.
No futuro, casos como esse podem servir de alerta para que novos projetos incluam desde o início medidas mais eficazes de preservação dos recursos naturais. Afinal, tecnologia e qualidade de vida deveriam andar juntas, não é mesmo?
Fonte: The New York Times