A greve dos professores no DF, iniciada em 15 de agosto, reivindica reajuste salarial de 34,32%, melhorias na carreira e condições de trabalho, com mais de 70% das escolas públicas paralisadas e 300 mil alunos afetados, enquanto o governo oferece apenas 5% de aumento parcelado em três anos.
A greve professores no Distrito Federal segue firme após uma reunião sem acordo entre a categoria e o governo. Com 242 escolas paralisadas, o movimento reivindica melhorias salariais e na carreira. Será que o diálogo vai avançar?
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ToggleGreve dos professores no DF: motivos e adesão
A greve dos professores no Distrito Federal começou no dia 15 de agosto e já conta com a adesão de mais de 70% das escolas públicas. O movimento é liderado pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) e tem como principal reivindicação o reajuste salarial de 34,32%, além da revisão do plano de carreira.
Principais motivos da greve
Os professores alegam que os salários estão defasados há mais de 5 anos, com perda real de 28% do poder de compra. Além disso, reclamam das condições de trabalho, com turmas superlotadas e falta de estrutura nas escolas.
Números da adesão
Segundo o Sinpro-DF, 242 escolas estão paralisadas, afetando mais de 300 mil estudantes. A Secretaria de Educação reconhece que 68% das unidades escolares estão com atividades parciais ou totalmente suspensas.
A categoria também critica a proposta do governo, que oferece apenas 5% de reajuste, além de parcelamento em três anos. Para os professores, essa oferta não resolve os problemas estruturais da educação no DF.
Impacto nas escolas e decisão judicial
A greve dos professores no DF já causou o cancelamento de mais de 15 mil aulas, afetando diretamente 320 mil estudantes. Escolas estão funcionando com até 80% menos professores, mantendo apenas atividades essenciais.

Medida judicial determina retorno
O Tribunal de Justiça do DF determinou o retorno imediato às aulas, com multa diária de R$ 100 mil caso a decisão não seja cumprida. O sindicato recorre da decisão, alegando direito constitucional à greve.
Como as escolas estão lidando
Muitas unidades escolares estão reorganizando horários e concentrando alunos em salas disponíveis. Algumas adotaram atividades remotas, mas a adesão é baixa por falta de estrutura tecnológica para todos os estudantes.
Pais relatam preocupação com o ano letivo, principalmente estudantes do 3º ano do ensino médio que se preparam para o ENEM. A Secretaria de Educação estuda como repor o conteúdo perdido quando a greve terminar.
Reivindicações e proposta do governo
Os professores em greve no DF têm três principais reivindicações: reajuste salarial de 34,32%, revisão do plano de carreira e melhores condições de trabalho. O movimento já dura 22 dias e não há previsão de término.
O que os professores pedem
A categoria quer equiparar seus salários aos de outros estados. Também reivindicam redução do número de alunos por sala e mais investimento em infraestrutura escolar. Muitos professores trabalham em escolas com falta de materiais básicos.
Proposta do governo
O governo ofereceu apenas 5% de aumento, parcelado em três anos. A proposta inclui uma bonificação por produtividade, mas os professores recusaram, alegando que não resolve os problemas estruturais.
Enquanto isso, as negociações continuam paradas. O sindicato diz que a greve só terminará quando houver uma proposta concreta que atenda às principais demandas da categoria.
Conclusão
A greve dos professores no DF mostra a urgência de valorizar os educadores e melhorar as condições de ensino. Enquanto o governo oferece aumentos pequenos, os professores lutam por salários dignos e escolas melhores. Essa situação afeta não só os profissionais, mas também milhares de estudantes.
O impasse nas negociações revela como a educação precisa ser prioridade. Sem professores motivados e bem pagos, fica difícil garantir um ensino de qualidade. A solução precisa vir do diálogo e de investimentos reais na educação pública.
No final, todos perdem com a greve prolongada – professores, alunos e a sociedade. Mas a luta por melhores condições de trabalho e ensino mostra que a educação é fundamental para o futuro do país.
Fonte: G1 Globo