O Censo Escolar 2024 revela crescimento de 8,5% nas matrículas em tempo integral no Brasil, com destaque para o ensino médio (12% de aumento). A educação profissionalizante também avança, registrando 15% mais matrículas, especialmente em cursos de TI, Saúde e Energias Renováveis.
O ensino integral está em alta no Brasil, com um crescimento impressionante de 8,5% nas matrículas em 2024. Será que essa modalidade veio para ficar?
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ToggleCrescimento das matrículas em tempo integral
As matrículas em tempo integral tiveram um salto significativo em 2024, com aumento de 8,5% em relação ao ano anterior. Isso representa mais de 600 mil alunos acessando educação em jornada ampliada em todo o país.
Destaques por etapa de ensino
O ensino médio foi o que mais cresceu, com alta de 12% nas matrículas integrais. Já nos anos finais do fundamental, o aumento foi de 7%, enquanto nos anos iniciais o crescimento ficou em 5%.

Distribuição regional
As regiões Nordeste e Sudeste lideram a expansão, respondendo por 65% do total de novas matrículas. Estados como Ceará, Pernambuco e São Paulo se destacam com políticas específicas para ampliação da jornada escolar.
Os dados mostram que escolas com projetos pedagógicos bem estruturados e infraestrutura adequada têm maior capacidade de atrair alunos para o regime integral. A oferta de atividades complementares como esportes, artes e reforço escolar aparece como um dos principais atrativos.
Impacto na aprendizagem
Pesquisas indicam que estudantes do tempo integral apresentam melhor desempenho em português e matemática. A permanência prolongada na escola também contribui para redução da evasão e melhoria nos indicadores educacionais.
Avanço da educação profissionalizante
A educação profissionalizante vem ganhando destaque no Brasil, com crescimento de 15% nas matrículas em 2024. Cursos técnicos e de qualificação estão atraindo cada vez mais jovens e adultos em busca de melhores oportunidades no mercado de trabalho.

Áreas com maior procura
Tecnologia da Informação, Saúde e Energias Renováveis lideram a preferência dos estudantes. Esses setores oferecem boas perspectivas de emprego e salários acima da média, segundo dados do MEC.
Integração com o ensino médio
O modelo de ensino médio integrado ao técnico representa 40% das novas matrículas. Essa opção permite que os alunos saiam da escola já qualificados para trabalhar em áreas específicas.
Escolas que oferecem infraestrutura moderna e parcerias com empresas têm tido melhor desempenho. A combinação de teoria e prática durante o curso aumenta as chances de colocação profissional após a formação.
Impacto na empregabilidade
Pesquisas mostram que 70% dos formados em cursos técnicos conseguem emprego no primeiro ano. Muitas empresas estão criando programas específicos para recrutar esses profissionais, principalmente na indústria e no comércio.
Conclusão
O crescimento da educação integral e profissionalizante mostra uma mudança importante no cenário educacional brasileiro. Com mais tempo na escola e cursos alinhados ao mercado de trabalho, os estudantes ganham novas oportunidades. Esses avanços podem ajudar a reduzir a evasão escolar e melhorar a empregabilidade dos jovens.
Os números comprovam que quando a escola oferece ensino de qualidade e atividades relevantes, os alunos respondem com maior participação. O desafio agora é expandir esses modelos para mais regiões do país, garantindo acesso igualitário a uma educação que prepare realmente para o futuro.
Fonte: G1 Globo