Artigos

O segundo tipo de mídia com que as pessoas tem contato com o nosso objeto, são os livros didáticos, especificamente trabalharemos aqui analisando um livro didático do terceiro ano do Ensino Médio, da editora escala desenvolvido por Pedro Santiago, Celia Cerqueira e Maria Aparecida Pontes. Ao contrario da mídia anterior, o livro didático apresenta o seus autores, onde podemos saber quem são as pessoas responsáveis por aquelas palavras apresentadas ali ao leitor, estudante.

O primeiro, autor, é um professor na rede publica e privada de ensino, bem como na graduação de História pela Universidade de São Paulo (USP), sendo Mestre em História Social do Trabalho pela Universidade de Campinas (UniCamp). Já a Segunda autora é bibliotecária formada pela Universidade de Brasilia , enquanto a terceira autora é pedagoga pela FMU. Sabendo quem são estes autores, podemos analisar o que é apresentado no seu trabalho.

O texto é bem rápido e resumido, impressionantemente os autores descrevem o Golpe de 1964 até 1978 em apenas 19 parágrafos, cerca de 3 paginas, mas diferente de enciclopédia virtual, os autores também mostram imagens que facilitam o entendimento do que foi este fato na historia do Brasil. Ainda assim os textos sobre a ditadura são muito superficiais, com isso os autores buscaram apresentar alguns movimentos de luta armada e de cultura durante os últimos anos da ditadura militar no Brasil, finalizam o capitulo buscando mostrar aos estudantes alguns textos complementares e roteiros de leitura para que eles possam refletir e analisar sobre conteúdo.

Analisando outros livros didáticos mais atuais. Como a coleção escrita por Flavio Campos, pela editora LEYA, observamos como o período da ditadura passa superficialmente, e na maioria destes livros este período entra como o período das Trevas / a Idade Média brasileira (no sentido pejorativo e ignorante em relação ao Medievo). Para o leitor leigo, e para os estudantes de ensino médio, este tipo de leitura trás a idéia de que de 1964 até 1985 o Brasil se tornou um país horrível de se viver, em que o governo era tirano e não teve nenhum tipo de avanço econômico e cientifico neste período.

Não estou negando que foi um período sangrento para aqueles que foram perseguidos pelo poder militar que ocupava os poderes do Estado. Mas há uma visão muito restrita sobre o que aconteceu naquele período, ao tentarem ridicularizar ou minimizar os projetos de real avanço econômico, cientifico e toda infra-estrutura construídos no período do governo militar. Também não estou defendendo os militares, mas sejamos justos e honestos com a nossa própria história, para entendermos a republica que vivemos hoje neste país tão dividido e tão corrupto.

Continua...