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I. Introdução:
A ciência geográfica tem sua forma particular de pensar o mundo. O ensino de Geografia pode levar o aluno a compreender de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfira de maneira mais consciente e propositiva. Nesse sentido, é necessário adquirir conhecimentos, dominar categorias como espaço, território, lugar, região, paisagem, natureza, sociedade, conceitos e procedimentos básicos de estudo com os quais esse campo do conhecimento opera.
Ao estudar Geografia no Ensino Médio, espera-se que o aluno esteja habilitado a articular e aprofundar conceitos, construindo assim condições para compreender a diversidade do todo, ou seja, do universo sociocultural no qual se insere. Assim sendo, optou-se por um programa estruturado em grandes temas, que possibilitem a compreensão do mundo atual, produto do desenvolvimento da sociedade como processo de ocupação de espaços físicos, culturais, políticos, humanos e econômicos, diferentes escalas geográficas e cartográficas. - Conteúdo Programático - PISM 2020 - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG
II. Representações gráficas e cartográficas:
A construção de representações geográficas pode ser dada através de alguns elementos, como gráficos, tabelas, perfis, maquetes, cartas e mapas. Os dois últimos elementos são fundamentais para compreendermos o nosso planeta.
Nós produzimos este tipo de material para facilitar a compreensão de um determinado local, indicar caminhos, estradas, elementos da natureza e determinar limites de dominação. Os mapas e cartas foram fundamentais para a conquista europeia no continente americano, durante as grandes navegações.
Com a evolução tecnológica, as cartas cartográficas e mapas passaram a ser mais precisos e possibilitaram novas formas de abordar assuntos referentes a nossa sociedade e o meio ambiente. Possibilitando o surgimento da cartografia temática, de fundamental importância didática.
A cartografia é a ciência responsável por estudar, interpretar, elaborar e apresentar os mapas.
Mas antes mesmo de falarmos dos elementos componentes de um mapa, precisamos entender o sistema de coordenadas geográficas.
III. Sistema de coordenadas geográficas:
Para obtermos a localização mais precisa de um objeto no planeta, foi desenvolvido o sistema de coordenadas geográficas, com base na existência das linhas imaginárias que dividem a Terra, nomeados de Paralelos(Latitudes) e Meridianos (Longitudes).
Os Paralelos: são linhas imaginárias que formam círculos em volta da Terra, no sentido Leste-Oeste. Sendo o Paralelo do Equador o maior deles, por representar a parte mais alta da Terra, dividindo o planeta em Hemisfério Norte e Sul. Demarcando assim, os valores de Latitude.
Os valores ao norte do Equador variam de 0° até 90° e ao Sul vai de 0° até -90°. Assim, temos também ao Norte outros dois Paralelos importantes: Trópico de Câncer e o Circulo Polar Ártico. Já ao Sul, temos outros: Trópico de Capricórnio e o Circulo Polar Antártico.
Esta divisão facilita os estudos e a compreensão da variação das zonas climáticas no planeta, já que a radiação solar atinge a superfície terrestre de forma diferente em cada um destes paralelos.
Os Meridianos: são linhas imaginárias que dividem o planeta verticalmente, como se fossem gomos de uma laranja, estendendo-se de um polo ao outro, ou seja, no sentido Norte-sul. Todos eles representam o mesmo tamanho e para todo meridiano existe um antimeridiano, formando um circulo.
Cortando a cidade de Londres, na Inglaterra, o meridiano de origem foi o único a receber um nome, dividindo a Terra em Hemisfério Ocidental e Oriental, a oeste e a leste de Greenwich.
Os meridianos são responsáveis por marcar a Longitude, sendo representada por valores que variam de 0°(no meridiano de Greenwich) até 180° a Leste ou até -180° a Oeste.
Os meridianos são fundamentais para determinarmos os fuso horários a partir de Greenwich.
A determinação de longitude e latitude só são possíveis graças aos paralelos e meridianos e por fim estas linhas imaginárias só são determinadas pelos movimentos de rotação e translação promovidos planeta Terra no Sistema Solar.
A exemplo disso, temos estabelecidos 24 fusos horários. O Brasil, por ser um país de extenso território, possui 4 fusos horários.
O primeiro deles fica a apenas 2 horas de atraso em relação ao horário de Greenwich, atingindo nossas ilhas oceânicas, como Fernando de Noronha, território do estado de Pernambuco, que está em outra faixa de fuso, como a maior parte do país.
O fuso que atinge a maioria dos estados brasileiros fica a 3 horas de atraso e é considerado o horário oficial do país (Hora de Brasília), mas ainda temos outro fuso que abrange uma boa porção dos estados do centro-oeste e norte, com 4 horas de atraso e por fim o fuso com 5 horas atraso atinge a região do Acre e uma parte do Amazonas.
Com todas estas informações sobre o sistema de coordenadas geográficas e o avanço da tecnologia da informação foi possível desenvolver novos sistemas de mapas e localização, possibilitando a crianção e o desenvolvimento de programas de geolocalização espacial e o Global Positioning System (GPS). Dando abertura para ampliar ainda mais a pesquisa cartográfica, facilitando a locomoção dos indivíduos, o rastreamento de objetos e até mesmo o desenvolvimento de games como Pokemon GO.
IV. Representações da superfície terrestre:
Os mapas podem ser divididos em 3 categoria: Geral, Temática e Especial. Estas classificações são determinadas a partir do objetivo de cada carta cartográfica, ou seja, para que eles servem. Há também a classificação por escalas, pertencente a cartografia geral, sendo elas: Cadastral, Topográfica e Geográfica.
A cartografia Geral tem a finalidade de apresentar informações gerais ao usuário e servir de base para a elaboração de outros produtos cartográficos, apresentando aspectos naturais e introduzidos pela ação humana.
A subdivisão cadastral ocorre quando o mapa representa uma escala grande e com maior nível de detalhes, com grande precisão geométrica. A subdivisão topográfica pode ser elaborada a partir do levantamento aerofotogramétrico, geodésico ou do compilado de outras cartas em escalas maiores, podendo servir como base para elaboração de cartas temáticas e especiais. Já a subdivisão geográfica tem menor escala, com baixo detalhamento e baixa precisão geométrica, mas servem para o mapeamento de unidades territoriais e são feitos com base nos mapas topográficos.
Os Mapas temáticos são representações gráficas interessantes para apresentar resultados de pesquisas sobre a sociedade ou o meio ambiente, podendo representar elementos qualitativos ou quantitativos.
A Cartografia Especial, são mapas com funções muito especificas, como as cartas náuticas ou para fins militares, por exemplo.
Mas para criarmos qualquer um dos tipos de mapa, primeiramente devemos representar de forma plana a superfície esférica do planeta Terra.
As chamadas projeções cartográficas acabam distorcendo a realidade da superfície terrestre, independente do modo que ela será interpretada. Os 3 modelos de projeção utilizadas na maioria das vezes são os seguintes:
Projeções semelhantes ou conformes: Representa todos os ângulos em torno de um objeto, sem deformação. Não deformam pequenas áreas.
Projeções equivalentes: Não alteram as áreas, mantendo uma correlação da área representada e o restante do mapa.
Projeções afiláticas ou arbitrárias: busca reduzir as deformações, mas não conservam as áreas, os ângulos e os comprimentos.
Mas a projeção do holandês Gerardus Mercator, criada no século XVI para as grandes navegações, utilizava a projeção cilíndrica conforme, para manter as formas dos continentes. Com a clara exposição do plano cartesiano, facilitando as navegações.
Já o historiador alemão, Arno Peters , em 1973, desenvolveu uma projeção cartográfica cilíndrica equivalente, onde os continentes abaixo do Equador passaram a ter maior espaço no mapa, apresentando um contraponto a representação de Mercator que dava destaque ao Eurocentrismo e diminuía as porções de terra referente aos continentes colonizados pelos europeus.
V. Elementos cartográficos:
Tudo começa pelo título, que revela o assunto, o objetivo e geralmente a data e o local a ser representado pelo mapa. Pode vir acompanhada também da fonte de referencia dos dados representados no mapa
A legenda, responsável por apresentar o significado dos dados representados nos mapas, principalmente usado em mapas temáticos.
A própria projeção cartográfica, demonstrando onde estão as deformações do mapa.
Um dos elementos fundamentais para a representação cartográfica e a fácil interpretação dos dados apresentados nela, é a Rosa dos Ventos (presente na imagem de abertura deste material). Representa os pontos de orientação básicos, mostrando os pontos cardeais (N,S,L,O) e os pontos colaterais (NE,SE,SO,NO).
Por fim, a Escala Cartográfica, que é responsável por demonstrar a relação da distancia real no mapa.
As regiões terrestres são grandes, medidas em quilômetros, enquanto as folhas de papel nas quais serão representadas são medidas em centímetros, o que nos leva a estabelecer as escalas, usualmente, dentro da relação entre quilometro e centímetro. - Livro didático, Ensino Médio COC
Ela pode ser representada em uma escala Numérica (ex: 1:500000) onde cada cm do mapa representa um determinado valor. Ou a Escala pode ser Gráfica, representada graficamente com variações numéricas, facilitando a ampliação do mapa, muito utilizada em mapas digitais.
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