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História Contemporânea
Por: Jason Jr.
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Após a Segunda Guerra Mundial com a criação do Estado de Israel e os conflitos na Palestina o Mundo Árabe passou por algumas influências da União Soviética. Para fortalecer a presença nos territórios árabes, os Estados Unidos construíram alianças com base em ditaduras fortemente armadas e treinadas evitando assim o avanço de grupos ligados aos soviéticos ou aos extremistas religiosos.
Devemos nos localizar geograficamente, para compreendermos as revoluções que ocorreram a partir de 2010. O mundo árabe se estende do norte da África até o Oriente Médio, a maior parte da população desses países é praticante do islamismo.
Devido ao fim da União Soviética, e consequentemente da Guerra Fria, alguns desses países passaram por um novo processo político para o fortalecimento da sua presença na comunidade dos Estados árabes, mas também buscaram manter relações com os Estados Unidos, por causa da forte presença militar desse país na região e a sua influência nos conflitos Árabes-Israelenses.
A expressão Primavera Árabe foi muito utilizado pela imprensa e por pesquisadores sociais a partir de 2010 para identificar um conjunto de protestos e revoltas que tinham objetivo destruir governos ditatoriais e melhorar a qualidade de vida para o povo árabe, tal processo começou na Tunísia (no norte da África) e se estendeu por diversos outros países, alguns deles ainda não encerraram o processo de revolução e passam por guerras civis até os dias atuais.
Os Rebeldes receberam apoio ao longo deste tempo de grupos internacionais que lutam contra regimes autoritários e prezam pela preservação da liberdade e da democracia.
Em julho de 2011 foi publicada a revista Dossiê Le Monde Diplomatique Brasil referente a ao despertar do mundo árabe e abordava o tema a partir de 19 artigos escritos por especialistas no mundo árabe, dividido em três partes falando sobre o tempo da rebelião até as resistências culturais. Nós destacamos dois destes textos em um vídeo no nosso canal do YouTube (História Tube) e também falamos sobre o assunto retratado neste artigo.
Devido ao número de países e as peculiaridades de cada uma das revoltas no envolvimento da primavera árabe, nós optamos por desenvolver este artigo e o roteiro do vídeo em formato de tópicos para cada país, começando pelo começo, em 2010 na Tunísia.
A chamada Revolução de Jasmim começou na Tunísia em dezembro de 2010 a partir do descontentamento da população com o regime ditatorial de Ben Ali. O Estopim foi protesto-suicídio feito pelo jovem Mohamed Bouazizi ao atear fogo no próprio corpo em praça pública ao ter so produtos na barraca de frutas da família confiscados pela polícia, pois havia se recusado a pagar propina.
A morte de Bouazizi chocou os jovens locais que já haviam expressado seu descontentamento com o governo e passaram a protestar nas ruas pedindo o fim do regime ditatorial, que chegou ao fim apenas em 14 de janeiro de 2011, após 24 anos de poder de Ben Ali, com muita riqueza e corrupção para a elite governante.
A partir dos protestos da Tunísia outros jovens foram motivados a atacar os regimes ditatoriais de seus países em nome de uma maior qualidade de vida e da democracia.
É o caso da Revolução Líbia ou Guerra Civil da Líbia que tinha como objetivo destruir a ditadura de Muammar Kadhafi e foi uma das revoluções mais sangrentas da primavera árabe, sofrendo intervenção das forças militares da OTAN liderados pela União Europeia, encerrando em 20 de outubro de 2011, com a morte do ditador, após combates intensos dos rebeldes.
Seguindo a influência da Tunísia os egípcios passaram pelo chamados Dias de Fúria ou Revolução de Lótus, quando a população local lutou contra a ditadura de Hosni Mubarak (muito semelhante ao governo tunisiano), a partir de janeiro de 2011 e com a curta duração até fevereiro do mesmo ano, quando o ditador anunciou que não seria mais candidato em nova seleções, porém Mohamed Morsi (eleito presidente após a revolução) foi deposto 2 anos depois por um golpe militar.
Vale lembrar que em 2019 Morsi morreu logo depois de depor no julgamento em um tribunal onde estava sendo julgado por espionagem durante o seu governo. A Irmandade Muçulmana acredita que ele foi assassinado e convocou multidões para o funeral.
Também em 2019, finalmente chegaram ao fim os conflitos rebeldes na Argélia, em conjunto com a ditadura de Abdelaziz Boutefika, que governava o país com mão de ferro há 12 anos, pois o ditador aos 86 anos renunciou ao poder após as manifestações e atentados terroristas que demonstravam a insatisfação dos argelinos em relação ao seu governo.
Em Bahrein o povo almejava a derrota do Rei Hamad bin Isa al-Khalifa e foram influenciados pela Revolução Jasmim , a violência se espalhou pelo país a ponto de existirem tentativa de atentados contra o Grande Prêmio de Fórmula 1 local e as respostas do governo são cada vez mais violentas, chegando a indicar centenas de mortos durante os combates policiais.
Outro monarca e sofre os processos da primavera árabe é o Rei Mohammed VI do Marrocos, mas os revoltosos não querem destituído do trono, apenas desejo que o soberano tem menos poderes e que haja uma maior abertura democrática do governo para o povo.
Aparentemente o objetivo foi alcançado quando o rei marroquino atendeu as exigências convocando eleições para primeiro-ministro, porém ele ainda continua controlando a maior parte dos poderes governamentais, mantendo a insatisfação do povo sobre a sua gestão.
Após 33 anos, O Ditador ali Abdullah Saleh anunciou a sua renúncia em novembro de 2011 no Iêmen e propôs uma transição pacífica para um governo democrático, mas houveram conflitos e reflexões do governo sobre o povo e as novas eleições.
Vale lembrar que os rebeldes em um certo momento se aliaram a grupos terroristas como a al-Qaeda para fortalecer os protestos contra o ditador.
Desde a segunda metade de 2012, sendo um dos últimos países a sentir as influências e o impacto da primavera árabe, a Jordânia luta para retirar do governo o Rei Abdullah II, que ao perceber as consequências ocorridas nos outros eventos da primavera árabe anunciou a realização de eleições a partir de 2013, porém a Irmandade Muçulmana (partido mais popular do país) recebeu denúncias de fraudes e compra de votos para essas eleições e por isso resolveram boicotar o processo eleitoral.
Seguindo a linha dos marroquinos o povo de Omã também não desejava da extinção do poder monárquico do Sultão Qaboos Bin Said, mas lutaram em uma revolução a conquistar aumentos salariais e melhores condições de vida.
Assim como o rei Abdullah, o Sultão de Omã também teme as consequências da primavera árabe e decidiu realizar eleições municipais a partir de 2012 e controla as revoltas populares a partir de atitudes populistas.
O caso mais grave ainda presente na atualidade são as revoltas na Síria contra o ditador Bashar al-Assad cujo poder está concentrado nas mãos de sua família há 46 anos, gerando conflitos entre a população e o governo que já chegam a mais de 20.000 mortos ao longo de todo o processo revolucionário.
A Guerra Civil da Síria sofre pressão por parte da ONU da Comunidade Internacional, mas o governo tem apoio da Rússia por serem parceiros comerciais, apesar disso existem grandes preocupações sobre a utilização de armas químicas e biológicas por parte do governo contra oposição rebelde.
Vale lembrar que se aproveitam da fragilidade do país o grupo terrorista estado islâmico avançou sobre a região e também é combatido pelas tropas Rebeldes e pelo governo.
Abrir uma vela árabe é um momento da história contemporânea extremamente relevante no cenário geopolítico da Nova Ordem Mundial e que podemos observar as mudanças feitas dentro da cultura árabe e como essas revoluções trazem o papel e a importância do Povo Na Busca Pela liberdade e pela democracia.
CONJUNTO DE QUESTÕES:
Os protestos nessa revolução iniciaram-se em janeiro de 2011, com o objetivo de derrubar o então ditador Hosni Mubarak, o que foi concretizado em menos de um mês. Os rebeldes foram profundamente influenciados por outra revolução realizada em um país próximo, que derrubou o então ditador Zine El Abidini Ben Ali, que se encontrava há 24 anos no poder.
As revoluções a que o texto se refere são, respectivamente:
a) Revolução de Lótus, no Egito, e Revolução de Jasmim, na Tunísia.
b) Revolução da Síria e Revolução Iraniana.
c) Revolução dos Clérigos, em Bangladesh, e a Revolução dos Trópicos, na China.
d) Revolução de Independência da Bósnia e a Revolta Militar Sérvia.
Assinale a alternativa com o nome da primeira das revoltas que marcaram a Primavera Árabe.
a) Revolução Líbia
b) Revolução de Jasmim
c) Revolução árabe
d) Revolução de Lótus
e) Revolução Palestina
(UECE) O ano de 2011, além de completar dez anos do atentado terrorista aos Estados Unidos, tem visto vários conflitos no mundo árabe: a queda dos regimes tunisiano e egípcio e, em seguida, a derrubada de Muammar Kadhafi, na Líbia, e a insurreição na Síria. Sobre os atuais conflitos no mundo árabe, é correto afirmar que:
a) os casos sírio e líbio decorrem da aceitação da desigualdade como preço a ser pago em troca do crescimento econômico.
b) foram gerados pela queda do preço do petróleo e pela indignação com a falta de oportunidades para os jovens.
c) as revoltas da Tunísia e do Egito foram geradas pela indignação diante da riqueza e da corrupção da elite governante.
d) reivindicam a política de bem-estar social que garante educação, segurança e saúde gratuitas, bem como uma renda digna para todos.
Sobre as revoltas que marcaram aquilo que se convencionou chamar de “Primavera Árabe”, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Envolve a disputa pela posse de armas nucleares, até então controladas pelos regimes ditatoriais árabes.
b) Trata-se de uma série de protestos organizados pela população, de maioria jovem, contra regimes ditatoriais em países situados no mundo árabe.
c) Envolveu a utilização da internet e de redes sociais, muito utilizadas pelos manifestantes para propalar suas ideias e divulgar informações sobre os protestos realizados.
d) Teve início na chamada “Revolução de Jasmim”, iniciada em dezembro de 2010 na Tunísia.
FONTES:
Hora 1 - Ex-presidente do Egito, Mohamed Morsi, morre após falar em tribunal do Cairo - https://globoplay.globo.com/v/7700261/
Primavera Árabe - https://brasilescola.uol.com.br/geografia/primavera-Arabe.htm
Primavera Árabe: o que aconteceu no Oriente Médio? - https://www.politize.com.br/primavera-arabe/
Primavera Árabe é o conjunto de protestos em sequência que eclodiu no mundo árabe a partir do final de 2010. - https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/primavera-Arabe.htm
Questões - https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-primavera-Arabe.htm#questao-1 / https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-revoltas-no-mundo-arabe.htm#resp-4
GABARITO:
1. a ; 2. b ; 3. c 4. a
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