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04 out 2018

Uma breve resenha sobre o Ciclo da Mineração Colonial

Imprimir em PDF | História do Brasil Por: Jason Jr. Comentários

Você pode baixar o PDF completo com esta resenha e as questões aqui.

O ouro foi encontrado no Brasil durante o século XVII, diferentemente das colonias da América Espanhola, onde os colonizadores encontraram Ouro e Prata logo no principio da ocupação.

 Os bandeirantes paulistas, foram os responsáveis por descobrirem o ouro na América Portuguesa. Principalmente quando Antônio Rodrigues Arzão encontrou veios de ouro na
Serra do Espinhaço em 1693.

A maior parte d ouro encontrado em Minas Gerais era de aluvião, um tipo de ouro encontrado nos leitos dos rios e em menor quantidades nas regiões de chapada.

Esta descoberta mudou drasticamente a forma de gerenciar a colonia e destacou mais ainda o nosso território dentre todas as colonias de Portugal. Houve enfi m a troca do ciclo comercial e econômico, passando do açúcar para o ouro.

Com esta mudança muitos aventureiros vieram ao Brasil em busca do ouro, a Coroa portuguesa construiu estradas e melhorou feitorias, centros urbanos e portos. Devido ao aumento da população e ao enriquecimento da colonia, houve um interesse maior do controle da Metrópole sobre a colonia.

Mas também cresceu consideravelmente o numero de escravos africanos e o desenvolvimento massivo do comercio negreiro, durante este período.

Como no período do açúcar, a maior parte da mão de obra era composta por escravos. Mas devido ao acumulo de ouro, gerado por alguns deles, muitos conseguiram suas alforrias, gerando assim um grande numero de trabalhadores livres.

Logo que o ouro foi encontrado, os bandeirantes paulistas queriam exclusividade da Coroa para a exploração do metal precioso, mas a Metrópole recusou o pedido, pois se interessava por uma exploração mais rápida, para isso precisava de mais colonos e escravos na empreitada. Assim, os exploradores vindos de outras regiões da colonia e do próprio reino de Portugal (conhecidos como Emboabas) logo entraram em choque com os bandeirantes paulistas. 

Aconteceram diversas revoltas no Brasil, durante o auge do Ciclo do Ouro, algumas movidas por Emboabas, outras por comerciantes, outras por escravos, até mesmo revoltas nacionalistas que visavam a independência do Brasil. Todas elas foram sufocadas pelo governo metropolitano.

A exemplo disso, os paulistanos estavam em menor numero e derrotados pelo governo português, sen???? am-se traídos por não poderem explorar as Minas Gerais sozinhos. Então continuaram a busca por ouro na região do Mato Grosso e Goiás.

Buscando forma de fi scalizar a exploração do ouro, a Coroa criou impostos e serviços para controlar todas as atividades realizadas nas regiões de exploração.

Mas a tributação imposta por portugal era severa, a colonia tinha um governador ligado diretamente a Portugal e era cobrado o imposto conhecido como o “Quinto dos Infernos”, era cobrado 20% (ou 1/5) de todo ouro minerado no Brasil. Para facilitar a cobrança, a Coroa criou as casas de fundição, responsáveis por derreter o ouro e transformá-lo em barra.

Havia também a capitação de um imposto cobrado sobre cada trabalhador das Minas, sendo escravos ou homens livres. A intendencia de Minas Gerais depois se transformou em Capitania e um novo emposto anual passou a ser cobrado, a Derrama.

A Derrama era cobrado o equivalente a 1500 kg de ouro por ano, podendo ser cobrado através do confi sco de bens dos devedores. 

Vale lembrar que o comércio interno da colonia desenvolveu-se, na prática quase todas as regiões fora da mineração produziam alimentos para a subsistência da colonia. Basicamente todo alimento e outros produtos eram vendidos a peso de ouro para a região das Minas.

Ainda que houvesse um crescimento econômico e cultural, a maioria da população mineira era extremamente pobre. 

 

Questões:

 

  • (FUVEST – SP) A exploração dos metais preciosos encontrados na América Portuguesa, no fi nal do século XVII, trouxe importantes consequências tanto para a colônia quanto para a metrópole. Entre elas, 

 

a) o intervencionismo regulador metropolitano na região das Minas, o desaparecimento da produção açucareira do Nordeste e a instalação do Tribunal da Inquisição na capitania.

b) a solução temporária de problemas financeiros em Portugal, alguma articulação entre áreas distantes da colônia e o deslocamento de seu eixo administrativo para o centro-sul.

c) a separação e autonomia da capitania das Minas Gerais, a concessão do monopólio da extração dos metais aos paulistas e a proliferação da profi ssão de ourives.

d) a proibição do ingresso de ordens religiosas em Minas Gerais, o enriquecimento generalizado da população e o êxito no controle do contrabando.

e) o incentivo da Coroa à produção das artes, o afrouxamento do sistema de arrecadação de impostos e a importação dos produtos para a subsistência diretamente da metrópole.

 

  • (UFRN) Sobre a chamada Inconfi dência Mineira, a historiadora Cristina Leminski afirmou:
    Sem a derrama, o movimento esvaziava-se. Para a população em geral, se a derrama não fosse imposta, não fazia grande diferença se Minas era ou não independente. O movimento era fundamentalmente motivado por interesses, não por ideais. [...]. A prisão dos homens mais eminentes de Vila Rica provocou [...] alvoroço na cidade [...] e o visconde de Barbacena foi obrigado a admitir que a tentativa de manter sigilo sobre o processo era inútil. LEMINSKI, Cristina. Tiradentes e a Conspiração de Mina Gerais. São Paulo: Scipione, 1994. p. 59-64. O movimento do século XVIII abordado nesse fragmento textual relaciona-se com a:

 

a) pretensão das lideranças de Vila Rica, principais benefi ciadas com a arrecadação tributária portuguesa.

b) repercussão da Revolução Francesa no seio da elite intelectual colonial da região aurífera nas Minas Gerais.

c) exploração tributária feita pela metrópole sobre os colonos portugueses, no contexto da crise do antigo sistema colonial.

d) revolta desencadeada pela decisão da Coroa de instalar Casas de Fundição, com o propósito de cobrar o quinto.

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